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- Flor de Burel apresentada
Flor de Burel apresentada
30 Março 2009
Salão nobre da Câmara Municipal de Montalegre lotado na apresentação do primeiro romance do barrosão Flávio Monte. Uma obra que pisa o chão barrosão de um modo inigualável a tal ponto do presidente da autarquia de Montalegre referir que estamos em perspectiva de um grande nome da literatura nacional.
Inicialmente agendada a apresentação pública do romance "Flor de Burel" para o auditório da biblioteca municipal, em boa hora a organização transferiu a cerimónia para o salão nobre da câmara municipal de Montalegre dada a muita gente que ocorreu a este acto cultural.
Uma tarde iniciada com a interpretação do grupo juvenil "Barrosanas" numa coreografia que encantou a plateia. Seguiu-se a leitura de três poemas. Primeiro a "Espiga de Pão", lido por Luis Pedreira; "Gente Serrana" na voz do vice-presidente do município, Orlando Alves, e "Terra Fria" por Gorete Afonso, responsável pela biblioteca municipal.
Antes do romancista usar da palavra, o editor da obra não poupou elogios ao trabalho, palavras que foram, mais tarde, reforçadas, com emoção, quer por Clara Amorim quer por Isabel Fidalgo que rasgou positivamente o autor com uma série de elogios profissionais e pessoais.
«EXACERBAR
O BARROSO»
Luis Fernando Costa usa o pseudónimo Flávio Monte homenageando Chaves e a região do Barroso. Duas vivências que não esquece e que são espelhadas nesta obra de uma forma realista e inventada. Para o autor de "Flor de Burel", esta «nasce de uma vontade de exacerbar uma região esquecida pelo poder e elevar o nome da terra». Flávio Monte referiu que para a concepção do livro, que durou ano e meio, foi consultada «alguma bibliografia, entre ela, os "Usos e Costumes" de Barroso da Fonte e algumas obras de Bento da Cruz» isto «num trabalho sério para não afastar muito a verdade que envolve esta região».
BARROSO
PROTAGONISTA
Flávio Monte adiantou ainda que as personagens «foram compostas a partir de muitos barrosões que conheço», contudo, quis destacar que «o Barroso é a personagem principal. As outras são meros "joguetes" do narrador».
«GRANDE ESCRITOR
EM PERSPECTIVA»
Fernando Rodrigues, presidente da Câmara de Montalegre, não escondeu a alegria pelo trabalho desenvolvido por Flávio Monte: «este livro vem enriquecer o espólio do Ecomuseu de Barroso. Nós tinhamos nomes como Bento da Cruz, Barroso da Fonte, José Dias Baptista, entre outros, e temos hoje mais um acrescento de valor. É um grande escritor da nossa terra e um grande escritor nacional em perspectiva. Espero é que tenha força e o ânimo necessários para continuar, porque as suas raízes são sólidas. Que continue a ser um orgulho da nossa terra». Sem se deter, o autarca reforçou que «está aqui a nossa vida, a memória dos nossos pais, o retrato dos nossos avós, isto obriga a que nos conheçamos melhor».