Fernando Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Montalegre, encerrou o seminário realizado numa das salas do Pavilhão Multiusos subordinado ao tema: "Análise da doença do
Nemátodo do Pinheiro e perspectivas futuras".
Presente numa mesa composta, entre outros, por Pedro Gomes, técnico do SBTMAD, Henrique Reis, responsável da estrutura e coordenação do dispositivo de prevenção estrutural - Defesa da Floresta e Armando Carvalho, presidente da BALADI, o autarca falou olhos nos olhos com a plateia pedindo aos presentes mais acção no sentido de combater aqueles que travam, muitas vezes, o diálogo entre estruturas: «peço que ajudem as pessoas. Ajudem a fazer mais pedagogia. Mostrem de onde vem o dinheiro. Muitas vezes, não damos valor ao dinheiro público. Temos que ter mais rigor com o dinheiro que conseguimos». Sem se deter, reforçou: «neste tipo de matérias também temos que nos habituar a conversar mais. Conversar com base no respeito sabendo que muitas vezes é preciso ter paciência para que as coisas sejam conseguidas. É preciso ter soluções equilibradas sabendo que não agradamos a todos. É importante ter aliados no sentido de encontrar parcerias».
DINHEIRO "A SAQUE"
Fernando Rodrigues referiu que o conceito de dinheiro público não é entendido muito menos reconhecido pela maioria da população: «a ideia que tenho é que para alguns o dinheiro está "a saque". Somos todos responsáveis no combate a esta ideia porque o dinheiro é de todos. Ter uma boa gestão é possibilitar que muitas vezes determinado dinheiro consiga ser transferido para outras acções».
Por fim, o líder da autarquia felicitou a organização do evento desafiando-a a ter outras acções deste género.
Referir que este seminário foi promovido pelo secretariado dos Baldios de Trás-os-Montes e Alto Douro em parceria com a BALADI (Federação Nacional dos Baldios). O evento, inserido na assinatura do protocolo celebrado entre a BALADI, A.F.N. e a Secretaria de Estado das Florestas, teve como objectivo «sensibilizar a comunidade baldia e compartes, proprietários e equipes de sapadores florestais para uma melhor conjugação de esforços no combate à doença do nemátodo».
PRAGA NACIONAL
Sublinhe-se que a propagação desta doença à escala nacional já levou ao encerramento das fronteiras, à livre comercialização de madeira de resinosas com uma acentuada baixa do valor desta e com as inevitáveis consequências para os proprietários florestas, compartes dos baldios e para a economia nacional.
Face a tal quadro, é intenção da organização deste seminário juntar produtores florestais, entidades gestoras dos baldios, técnicos e dirigentes associativos na busca de uma melhor sensibilização e combate efectivo a esta praga.
