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Câmara Municipal de Montalegre
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Câmara poupa nas despesas para fazer obras

Câmara poupa nas despesas para fazer obras
Câmara poupa nas despesas para fazer obras
25 Agosto 2008
A câmara municipal de Montalegre não aparece na lista das mais endividadas do país cumprindo com a nova lei do endividamento. Para além deste facto, é das autarquias que paga melhor aos seus fornecedores. Quem o diz é a DGAL (Direcção Geral das Autarquias Locais) onde afirma que a câmara de Montalegre tem um tempo médio de pagamentos de 140 dias enquanto que outras demoram 300, 400 e até 500 dias a pagar aos seus fornecedores. A juntar a estes números há outros: só este ano a autarquia, para além das obras que leva a efeito nas freguesias e os subsídios normais que dá, teve que assegurar transferências suplementares que atingem o impressionante numero de 1,687.825 euros. Despesa com pessoal reduziu mais de 180 mil euros.
Interrogado sobre estes números que falam de uma câmara municipal cumpridora, o presidente do município de Montalegre justifica-os na «gestão rigorosa» e na «coragem». Fernando Rodrigues lembra que no ano 2007 as contas do município apontavam um gasto real em pessoal de 3.313 mil euros ao passo que em 2006 o gasto era de 3.496 mil euros o que equivale a uma diminuição de 183 mil euros. As contas correspondem, adianta o edil, «a um sinal de austeridade e de grande determinação». É com esta poupança, acrescenta, «que é possível à câmara apostar em grandes investimentos em todo o concelho».
 
NAS 20 PRIMEIRAS DO ANUÁRIO
FINANCEIRO DOS MUNICÍPIOS
 
A juntar a estes dados animadores há outros que reforçam o optimismo do autarca. É o que acontece no Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, Relatório dos Técnicos Oficiais de Contas, patrocinado pelo Tribunal de Contas, onde a Câmara de Montalegre surge nos 20 primeiros lugares onde figura como aquelas que apresentam um menor peso das despesas com pessoal, no sector das despesas totais.
 
MAIS DE 1 MILHÃO E MEIO
EM TRANSFERÊNCIAS EXCEPCIONAIS
PARA INSTITUIÇÕES
 
Curioso e a sublinhar este facto: apesar do município de Montalegre «ter muitas máquinas e equipamento» fazendo-se, com isto, muito trabalho por administração directa, sobrecarregando as despesas correntes com aquilo que é inequivocamente obra e investimento, a câmara barrosã aparece, no mesmo estudo, entre as 12 primeiras que apresentam um maior peso das despesas de investimento, nas despesas totais.
Por outras palavras, a Câmara de Montalegre é daquelas que mais poupa nas despesas correntes e que mais dinheiro do seu orçamento consegue transferir para obras.
É neste quadro de rigor que a Câmara Municipal de Montalegre conseguiu, este ano, levar a cabo um «grande esforço financeiro» para «fazer ou preparar obras para o futuro», esclarece Fernando Rodrigues.
Assim, para além «das muitas obras pelas freguesias e dos subsídios normais» a autarquia teve de assegurar, este ano, as seguintes transferências suplementares totalizando a impressionante soma de 1.687.825 euros.
 
- Cooperativa Agrícola de Montalegre (Agricultores) 249.000€
- Junta de Freguesia de Meixedo 10.000€
- Junta de Freguesia de Pitões (6.000+14.000) 20.000€
- Junta de Freguesia de Salto
(Apoio Agris e acesso à Casa do Capitão) 149.500€
- Junta de Freguesia de Venda Nova 23.000€
- Junta de Freguesia de Viade 9.000€
- Junta de Freguesia de Vilar de Perdizes 35.000€
- Junta de Freguesia de Padornelos 22.500€
- C. D. Fafião 9.075€
- Junta de Freguesia de Mourilhe 15.000€
- Junta de Freguesia de Outeiro 3.250€
- Aquisição de terreno e Canastro e acesso à Casa do Capitão de Salto 20.000€
- Apoio aquisição de terreno novo Lar de Salto 97.500€
- Apoio obras no Lar de Cabril 600.000€
- Apoio obras Quartel dos Bombeiros de Salto
(para além do terreno e de 150.000€ já anteriormente transferidos) 300.000€
- Aquisição terreno Pavilhão Desportivo de Salto 125.000€
 
DISCIPLINA FORTE
GESTÃO RIGOROSA
 
Fernando Rodrigues reforça a justificação dos números na «grande disciplina orçamental da câmara e o permanente combate ao desperdício», isto numa autarquia que apresenta grandes despesas, com especial enfoque na educação, acção social e promoção do concelho. Em contraponto, a edilidade, apesar de possuir poucas receitas, consegue ser das que mais investe em infra-estruturas e em obras.
A finalizar, o presidente da autarquia de Montalegre garantiu que esta politica de sustentabilidade «é para continuar» para bem «da saúde financeira do município e do seu desenvolvimento».