'Para Que Este Mundo Não Acabe' sábado no Auditório da Cooperativa

O documentário "Para Que Este Mundo Não Acabe", filmado, no passado mês de Julho, no Barroso, do cineasta João Botelho, vai ser apresentado publicamente este sábado, pelas 21h30, no Auditório da Cooperativa Agrícola de Montalegre. Estarão presentes na cerimónia, Helena Gil, directora da Direcção Regional de Cultura do Norte, os presidentes das duas autarquias, Fernando Campos, de Boticas, e Fernando Rodrigues, de Montalegre, além, naturalmente, do realizador e de Alexandre Oliveira da produtora Ar de Filmes.
O documentário, cujas filmagens foram feitas entre 21 de Junho e 4 de Julho últimos, «procura traduzir em imagens a alma e a cultura da região do barroso, através da divulgação da cultura tradicional numa dimensão antropológica, filosófica e religiosa». Ao mesmo tempo «estimular no publico uma atitude meditativa, perante a singularidade e autenticidade do povo desta região».

É vontade dos promotores que o filme circule nos mais relevantes festivais de cinema documental, nomeadamente no Festival de Marselha e no DocLisboa, à imagem do que aliás se tinha passado com o último documentário de João Botelho, “A Terra Antes do Céu”, também filmado em Trás-os-Montes. Mostras, conferências, debates e mesmo universidades internacionais são outros dos palcos por onde o documentário poderá passar.
Existe ainda o projecto de converter este documentário num DVD de uma trilogia ainda por concluir e que é o produto de uma reflexão de João Botelho sobre esta região. A trilogia incluirá “A Terra Antes do Céu”, filmado na região de Vila Real, este “Para Que Este Mundo Não Acabe”, agora realizado no Barroso e finalmente um terceiro, ainda por preparar, na região do planalto mirandês. Para além do circuito comercial, este DVD contará com uma distribuição nos pontos museológicos, nomeadamente nos Ecomuseus da região.

 

 

Fernando Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal de Montalegre, fala, deste modo, do documentário que irá ser mostrado a toda a população este sábado à noite: «foi um trabalho feito com artistas profissionais que percorreram o concelho. É um filme que, como o próprio nome indica, procura invocar o melhor que temos. O próprio realizador, na conferência que fez aqui em Montalegre, declarou que nunca viu nada tão forte. É um trabalho de respeito pela memória, de reposição dos valores culturais, dos usos e costumes, da magnífica paisagem que temos».

Confiante, o autarca confessou que espera que o concelho passe a ter a sua imagem reforçada: «tenho uma grande expectativa e sei que vai ter uma grande aceitação do público local e do restante. É um grande realizador, com muitos anos nesta área. É transmontano, como tal, tem uma visão mais próxima da nossa realidade. Acho que as pessoas se vão identificar com o filme. Vão apreciar a técnica porque é um documentário muito específico, um bom cartão de promoção que irá prestigiar a nossa terra».