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Câmara Municipal de Montalegre
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'Assureira' - «Ponte da Malvadez!»

"Assureira" - «Ponte da Malvadez!»
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"Assureira" - «Ponte da Malvadez!»
"Assureira" - «Ponte da Malvadez!»
"Assureira" - «Ponte da Malvadez!»
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"Assureira" - «Ponte da Malvadez!»
"Assureira" - «Ponte da Malvadez!»
"Assureira" - «Ponte da Malvadez!»
25 Fevereiro 2014
Único concelho do distrito de Vila Real que não tem um acesso direto de qualidade a uma autoestrada, Montalegre continua a bater o pé às adversidades. O último "triste retrato" está na Ponte da Assureira, que liga os municípios de Montalegre e Chaves, que continua sem estrada. Uma situação terceiro mundo que levou o presidente da Câmara de Montalegre, em entrevista à RTP, a declarar que estamos perante uma obra que espelha a «indignação e a malvadez» e que representa um «monumento ao centralismo e à desestruturação do Estado».

Iniciada em 2010 e avaliada em cerca de 450 mil euros, a Ponte da Assureira, finalizada à três anos, continua sem acessos. Uma mancha que bem visível e que tem provocado a maior indignação junto do executivo municipal de Montalegre. O município, com este impasse, continua privado de uma ligação digna à A24. Para dar maior visibilidade a este "grito de revolta", Orlando Alves, presidente da Câmara Municipal de Montalegre, entrevistado pela RTP no local onde está erguida a infraestrutura, referiu que estamos perante «a ponte da indignação e da malvadez. É uma espécie de monumento ao centralismo e à desestruturação do Estado que consagra, na sua constituição, o estabelecimento de governos regionais, que seriam a solução para tudo isto que estamos aqui a ver».
 
«MONTALEGRE IRÁ
CONTINUAR ENCRAVADA»
 
Financiada pelo programa comunitário Interreg - destinado a incentivar a cooperação transfronteiriça, transnacional e inter-regional, de modo a que as fronteiras nacionais não constituam um obstáculo ao desenvolvimento equilibrado e à integração do território europeu - a ponte teria que ser paga pelas duas autarquias, compromisso assumido, entretanto, por Montalegre. Uma situação dolorosa que no entender de Orlando Alves não aconteceria «se houvesse um Governo Regional, que planeasse devidamente o território». Assim sendo, dramatizou, «Montalegre, a ser consumado o propósito de no próximo quadro comunitário não ter verbas para concluir esta obra, irá continuar como sempre esteve, isto é, encravada». O autarca lembra que «depois da luta que travámos com a Administração Central a reclamar a ligação à EN 103 e de termos perdido essa "guerra", direcionamos a nossa luta para a ligação à A24, ligação que é infraestruturante e estruturalmente desejada».
 
«POR ACASO ESTA
ESTRADA TEM...RIO!»
 
Orlando Alves faz questão de puxar pela memória ao referir que «o projeto que existia« foi alavancado «no pressuposto que esta obra iria ter continuidade». Só faria sentido desse modo, «caso contrário não iriamos começar por uma ponte, que por acaso tem a felicidade de ter um rio porque já se fizeram muitas em Portugal que nem rio têm», ironiza. O edil, inconformado, constata: «agora somos confrontados com o desenho dos próximos fundos comunitários que são taxativamente pro-indicativos que não haverá obra em infraestruturas rodoviárias». Desta forma, relata, «Montalegre corre o risco de trazer a estrada até ao limite do concelho e depois, em território que não é o nosso (Chaves), não ter continuidade». Isto não teria acontecido, sublinha «se as regiões tivessem sido institucionalizadas».
 
«VAMOS FAZER A ESTRADA!»
 
Com as verbas congeladas, o futuro não é animador. Orlando Alves confessa: «queremos que a obra seja financiada por fundos comunitários». Todavia, garante, «o concelho de Montalegre tem, felizmente, condições para trazermos a estrada até ao limite do concelho. E vamos trazê-la!». Porém, esta garantia não apaga o que irá ficar para a posteridade: «vai ficar aqui uma "fotografia" a preto e branco onde todos vamos ficar mal: os autarcas e o governo central que não sabe olhar para o território nem sabe definir desígnios para Portugal». A fechar, Orlando Alves defendeu que os sete milhões da globalidade do projeto são «uma insignificância, face àquilo que está prometido ser queimado na litoralização e no tal porto de águas profundas que se anuncia para a capital onde tudo se derrete».
 
CARATERÍSTICAS
DO PROJETO
 
Como já foi vincado, o projeto global ronda os sete milhões de euros, três deles pagos pela edilidade barrosã. Relativamente à ponte construída, esta apresenta um vão de 66 metros de comprimento e 13 de altura e com uma largura de tabuleiro de 12 metros (7,5m de faixa de rodagem e os restantes com bermas e passeios). É intenção que a via tenha um traçado completamente novo e com uma plataforma da faixa de rodagem semelhante ao que existe de Montalegre a Vilar de Perdizes. Com as modificações, o traçado reduz 3,5km. Para que tal aconteça, quem viajar de Montalegre no sentido de Solveira, chegado aqui, vai seguir em frente pela Porrinha, continua no sentido da "estrada velha" e, depois da ponte existente, ao subir para Meixide, desce para a nova ponte. Posto isto, a viagem segue pelo traçado do caminho existente e passa pela frente de Soutelinho (por trás do cemitério). Em Chaves, para evitar a subida e as curvas, está projetada uma variante pela frente de Bustelo.
 
"Ponte da Assureira" - Reportagem RTP
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