Terminou em bem o resgate aos três jovens que estavam perdidos, desde domingo, no Parque Nacional Peneda Gerês (PNPG) mais concretamente na "Serra das Negras", pertencente à freguesia de Pitões das Júnias, concelho de Montalegre.
Um súbito agravamento do estado do tempo estragou o que deveria ter sido um fim-de-semana de montanhismo para três portuenses, dois homens e uma mulher, habituados a este tipo de actividade ao ar livre.
Susana Carvalho, 29 anos, Nuno Teixeira, 30 anos, e Sérgio Neto, 41 anos, tinham planeado um fim-de-semana na Serra do Gerês, numa zona onde já tinham acampado anteriormente sem qualquer problema.
«São pessoas com muita experiência de montanhismo, o problema desta vez foi o agravamento do estado do tempo», palavras de Augusto Neto, irmão de um dos montanhistas resgatados.
Recorde-se que o passeio começou sábado em Pitões das Júnias, os três montanhistas passaram a noite acampados na serra e, no domingo à tarde, quando já faziam o caminho de regresso, foram surpreendidos por um súbito agravamento do estado do tempo.
TRABALHO HERÓICO
DOS BOMBEIROS
Com neve e forte vento e sem rota definida (apesar do GPS que possuíam), os montanhistas, que estavam bem equipados para este tipo de actividade, entraram em contacto com os Bombeiros Voluntários. Um forte dispositivo ocorreu ao local mas só esta manhã foi possível o resgate. O local onde se encontravam dista cerca de duas horas a pé do abrigo onde ficaram os três bombeiros que pernoitaram durante a noite. Foi nesse local que o helicóptero os resgatou, transportando primeiro os três bombeiros mais debilitados até Vila Real, onde se reabasteceu, e depois os três montanhistas e os restantes bombeiros para Montalegre.
O helicóptero aterrou no centro do relvado do Estádio Dr. Diogo Vaz Pereira (ver fotos), tendo os três montanhistas descido pelo seu próprio pé e percorrido a distância que os separava da ambulância. Minutos depois a ambulância chegava ao Centro de Saúde de Montalegre, onde os montanhistas foram observados por um médico.
«Eles estão bem e conscientes, mas muito cansados. Pediram para agradecer todo o esforço que permitiu o seu resgate», salientou Augusto Neto, justificando a opção dos montanhistas de não prestarem declarações aos jornalistas que se deslocaram a Montalegre.
HABITUADOS
A ESTES RISCOS
Os montanhistas, residentes na área do Porto, estão habituados a fazer caminhadas e por isso levavam material de emergência e salvamento, tal como tendas, sacos-cama e o sistema de localização por satélite. Material que muito jeito deu, uma vez que tiveram que passar a noite ao ar livre.
Os três pretendiam realizar o percurso Pitões das Júnias/Portela do Homem, dentro do PNPG.
