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Barroso | Património Agrícola Mundial - Cerimónia de certificação

Barroso | Património Agrícola Mundial - Cerimónia de certificação
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Barroso - Património Agrícola Mundial | Cerimónia de certificação
Barroso - Património Agrícola Mundial | Cerimónia de certificação
Barroso - Património Agrícola Mundial | Cerimónia de certificação
19 Abril 2018

O presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves, recebeu, na sede do departamento da Organização das Nações Unidas (ONU), em Roma, o certificado que confirma a região do Barroso como Património Agrícola Mundial. O autarca fala em «honra» e «responsabilidade».


Os autarcas de Montalegre e de Boticas receberam, em Roma, na sede da FAO - Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, o certificado de reconhecimento público do sistema agro-silvo-pastoril do Barroso como Sistema Agrícola Tradicional de Importância Global (Globally Important Agricultural Heritage Systems – GIAHS). É a primeira distinção de património mundial a ser aprovada em Portugal e uma das primeiras na Europa.
Trata-se de um processo de certificação promovido pela FAO que visa identificar e certificar, em todo o Mundo, os sistemas de agricultura tradicional que, pelas suas caraterísticas notáveis do ponto de vista da diversidade, saber tradicional, biodiversidade, paisagem, modelo socioeconómico e resiliência face às alterações humanas, climáticas e ambientais, possam contribuir para melhorar a gestão dos agro-sistemas modernos. O processo de candidatura que agora se traduziu no reconhecimento mundial teve o patrocínio do Ministério da Agricultura. Foi entregue à FAO em agosto de 2017 e desenvolvido por uma parceria que inclui a Associação de Desenvolvimento da Região do Alto Tâmega (ADRAT), as câmaras municipais de Boticas e Montalegre, as Universidades de Trás-os-Montes e do Minho. No Barroso, a pequena agricultura ainda é a base de sustentação socioeconómica de uma grande parte das populações.
 
HONRA E RESPONSABILIDADE

Depois de receber o prémio, Orlando Alves, presidente da Câmara de Montalegre, lembrou que «foi o culminar de um trabalho criterioso e multifacetado, desenvolvido com muita paciência e que contou com o empenho de várias entidades, durante cerca de dois anos». Uma notícia feliz «que nos deixa a todos muito honrados» porque «é a primeira região de Portugal que recebe esta distinção». Segundo o autarca, este prémio representa «uma enorme responsabilidade que exige um trabalho conjunto entre os municípios de Montalegre e Boticas». O reconhecimento mundial de uma região «com uma identidade muito forte que, agora, temos que saber explorar», concluiu.