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Ecomuseu - Balanço Verão 2011

27 Setembro 2011
O conceito de Ecomuseu é sustentado pela relação das pessoas com o seu território e delas próprias com os visitantes. Um local que abraça grande parte dos propósitos por norma conferidos aos museus. Uma missão que passa por assumir-se como elemento âncora da estratégia de desenvolvimento integrado e sustentável do território barrosão. Ao longo deste último Verão, mais de 10 mil pessoas avivaram memórias no "Espaço Padre Fontes", Montalegre, na "Corte do Boi", Tourém e Pitões das Júnias e na "Casa do Capitão", Salto.
Numa análise «rápida e fria dos números percebemos que os pólos, todos eles, estão a aumentar o número de visitantes», assegura David Teixeira, diretor do Ecomuseu de Barroso. Destaque feito para a “Casa do Capitão”, em Salto, «certamente devido à concentração de estrangeiros que estiveram na localidade».
 
LIGAÇÃO COM O MUNDO
 
Os amigos do "arco-íris" são, no entender de David Teixeira, «um público sensível à natureza e preocupado com o património». Durante a passagem pela vila de Salto «abeiravam-se do Ecomuseu sobretudo porque lhes foram proporcionados serviços, como a ligação com o mundo». O diretor afirma que «é obrigação do espaço não estar fechado e não se virar só para si próprio». David Teixeira faz fé «que as inúmeras pessoas que visitaram o pólo de salto e a sede sejam os emissários deste projeto» no mundo.
 
«MELHOR ANIMADOR
É A POPULAÇÃO LOCAL»
 
O rosto do “museu vivo” declara que «os pólos do Ecomuseu nunca estarão fechados, porque os atores e animadores são a população». David Teixeira assume-se «muitas vezes polémico nas reuniões e nos encontros de turismo» porque defende «que o melhor animador sócio-cultural é a população local». Nada melhor do «que os residentes a fazer as visitas guiadas ao território e aos pólos», continua. No mesmo sentido, ressalva «que muitas vezes os teóricos têm alguma dificuldade em perceber que a população local tem um papel ativo», uma vez que «as peças e os sítios não são órfãos e têm histórias para contar». Para tal, acrescenta, «ninguém melhor do que aqueles que vivem e viveram nesses locais».
 
ENQUADRAR A REGIÃO
 
O Ecomuseu de Barroso é «um olhar para trás, para o passado», conta o diretor. O espaço «enquadra o local e a população que viveu e que vive nesta região», reitera. Contudo, este técnico da autarquia de Montalegre alerta para a necessidade de «assumir a evolução» sem medo de «perceber que, por exemplo, o trabalho agrícola que era feito à 100 anos atrás por juntas de bois e de vacas, neste momento é feito por tratores».
 
«ORGULHO NA TERRA»
 
No seguimento da máxima de preservar memórias e património que o Ecomuseu segue, David Teixeira pensa «que se tem evoluído no orgulho de viver na terra». Porém, avisa que «é preciso fazer muito mais», uma vez que «há possibilidades imensas, ainda por explorar, de tirar rentabilidade do concelho». Deixa a dica: «basta valorizar as coisas simples e as atividades tradicionais».
Ecomuseu - Balanço Verão 2011