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Câmara Municipal de Montalegre
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Lar de Cabril inaugurado

13 Julho 2010
Está inaugurado o Centro Social e Paroquial de Cabril. Pedro Marques, Secretário de Estado da Segurança Social, apadrinhou uma obra que custou 1,5 milhões de euros, na maioria pagos pela Câmara Municipal de Montalegre (855 mil euros). Uma cerimónia à qual compareceram várias figuras do concelho e do distrito e na qual o presidente da autarquia aproveitou para apelar ao Governo mais «justiça social» no critério e distribuição do investimento público.
O Centro Social e Paroquial de Cabril foi inaugurado por Pedro Marques, Secretario de Estado da Segurança Social, numa cerimónia que reuniu várias personalidades. A bênção do novo edifício, com capacidade para receber 80 idosos, repartidos pelas quatro freguesias que abrange o seu raio de acção (Cabril, Ferral, Venda Nova e Covêlo do Gerês), foi feita pelo bispo de Vila Real, D. Joaquim, que enalteceu a qualidade de um investimento que ultrapassou um milhão e meio de euros e que é constituído por três valências: Lar (30 utentes); Centro de Dia (20 utentes) e Apoio Domiciliário (30 utentes).
 
FALTA DE SOLIDARIEDADE
 
Finda a bênção e a visita pelo espaço, deu-se a sessão solene na qual Fernando Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Montalegre, aproveitou a presença do Secretário de Estado para tecer duras críticas ao modo como o actual Governo distribui o investimento público. A este propósito invocou o seguinte: «temos ao longo de uma grande área do rio Cávado o sistema de produção hidroeléctrica "Cávado/Rabagão" que é responsável por uma riqueza, para o país, entre 100 e 150 milhões de euros por ano. Isto quer dizer que o concelho de Montalegre participa na riqueza nacional e que tem uma participação no PIB da região Norte de 80%. Digo isto para lembrar a falta de solidariedade que há com esta região e com o Interior. Um concelho que tem uma empresa que pode facturar entre 100 e 150 milhões de euros por ano, aproveitando o recurso natural, sem custos, porque todos eles já foram amortizados, e que não deixa aqui o necessário para o desenvolvimento da nossa terra, é uma crítica que todos os responsáveis devem fazer para que o Governo altere esta injustiça para com Montalegre».
 
DESCRIMINAÇÃO
POSITIVA
 
Acto contínuo, Fernando Rodrigues lembrou o recente acordo celebrado entre Governo e EDP: «o Governo com o acordo que fez recentemente com o EDP, renovação da concessão até 2032, recebeu 275 milhões de euros à cabeça. As barragens já estavam feitas, os investimentos já estavam feitos, a produção já se estava a fazer...nós, como autarcas, sentimos aqui um drama e uma injustiça com o poder central. Como é que um Governo, que é solidário com o Interior, que fez obras no Interior, permite que ainda haja estes desequilíbrios?». O edil sublinhou que há «uma descriminação positiva ainda muito grande a fazer para com as regiões do Interior». «Tem que ser feita de uma forma mais decidida daqui para a frente», acrescentou.
 
«SEVERAMENTE
PREJUDICADOS»
 
Sempre no tom que o caracteriza, Fernando Rodrigues lançou novo exemplo onde o concelho de Montalegre se sente injustiçado: ««porque é que se fizeram aqui os investimentos das eólicas e o Governo, exigindo contrapartidas, foi fazer uma fábrica de componentes de todos esses equipamentos em Viana do Castelo? Nós sentimo-nos severamente prejudicados. Achamos que a nossa terra está a ser sugada dos seus recursos naturais e que não há a contrapartida justa de um Governo que tem feito muito pelo país mas por aquilo que eu aqui disse tem muito ainda para fazer com Montalegre». As interrogações foram mais que muitas e entroncaram na tão reclamada melhoria da EN103: «porque é que não havia, com todos estes investimentos, possibilidade de fazer a recuperação da EN103 de Montalegre para Braga? É que nós, os montalegrenses, também nos consideramos filhos de Deus!».
 
"REVOLTA" AO GOVERNO
 
O dossier EN103 foi, de novo, destacado o que provocou sonoros aplausos por parte de uma plateia que ouviu o edil com atenção contínua: «quero deixar esta palavra de "revolta" ao membro do Governo aqui presente e ao senhor Governador Civil porque é intolerável que um Governo, ainda por cima socialista, permita que nos tempos de hoje para se ir daqui a Braga se circule numa estrada que tem uma plataforma do tempo da calçada romana e que está completamente desadequada dos tempos que hoje são exigência para o modo de vida das nossas populações e para a exigência dos cidadãos do século XXI».
 
«TUDO QUE FOI FEITO
NA VERTENTE SOCIAL
FOI COM O NOSSO APOIO»
 
Depois dos reparos ao Governo, o presidente da autarquia de Montalegre virou o discurso para a importância do investimento público na vertente social. Palavras de gratidão para um executivo que tem apoiado o concelho, na óptica do edil, ao longo dos últimos anos: «nós também devemos a gratidão ao nosso Governo, particularmente a este e sobretudo nesta área da segurança social. Tenho grande satisfação de o dizer que tudo que há a funcionar no concelho de Montalegre, na área social, todas as associações foram apoiadas e nasceram com o nosso apoio, com o apoio da Câmara Municipal. Temos muito orgulho por ter conseguido criar em Montalegre equipamentos de grande qualidade e criar uma rede de serviços sociais que faz a cobertura em todo o concelho. Foi um grande esforço da Câmara que começou sob a liderança do Dr. Pires. Isto honra-nos. Honra-nos porque estamos a cumprir a nossa obrigação».
 
«ESTA CASA É DO POVO
E DEVE-SE AO PROF. ARAÚJO»
 
Em relação à aposta feita em Cabril, Fernando Rodrigues falou deste modo: «esta casa nasceu da preocupação de servir os idosos, de equilibrar o investimento público no concelho e de promover o emprego. Esta obra está feita exclusivamente com dinheiros públicos, do Governo e da Câmara. Por isso podemos dizer que esta casa é do povo. Ela nasceu fruto do bom entendimento do Prof. Araújo e do Padre Amadeu que iniciaram o processo e decidiram avançar com o serviço a cargo do Centro Paroquial. O Padre Amadeu merece aqui uma referência porque sempre foi um colaborador leal, reconhecido e sabia o que era a gratidão». A reforçar este teor, o presidente da Câmara assegurou: «uma obra como estas é muito difícil de conseguir, ainda por cima para uma freguesia tão distante. Muita gente de Cabril não imaginava que algum dia viesse a funcionar. Mas está feita e a servir as pessoas e a ajudar no emprego...e tem que ficar dito com muita clareza e justiça: deve-se ao empenho e dedicação e também ao prestígio do Prof. Araújo».
 
CÂMARA INVESTE
850 MIL EUROS
 
As explicações do autarca em relação ao modo como foi erguido o Lar de Cabril tiveram continuidade nestes termos: «idealizamos o projecto e compramos o terreno, que era o único espaço que serviria, por imposições legais. Neste equipamento, a Câmara de Montalegre fez um investimento que ronda os 850 mil euros. Do programa PARES (Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais) houve uma comparticipação por volta de 640 mil euros. Tudo isto, tudo somado, totaliza um milhão e meio de euros. Temos aqui um grande sacrifício, um grande investimento da Câmara Municipal de Montalegre que deixou de fazer ruas, saneamentos, estradas, para meter aqui mais dinheiro do que meteu o Governo. Para que estas quatro freguesias possam ter orgulho nesta obra, vaidade neste equipamento público. Serve 30 idosos em lar, mais 30 carenciados em apoio domiciliário. Cria 25 postos de trabalho. Numa instituição que paga ao fim do mês, que tem as contas em ordem e que não vai à falência».
 
PROMESSAS
RENOVADAS
 
A fechar, Fernando Rodrigues reforçou que o compromisso de construção dos futuros lares de Montalegre e Salto é para cumprir: «para além deste investimento, há ainda muito a fazer. Foi por isso que a Câmara Municipal, em parceria com a Misericórdia, avançou com uma Unidade de Cuidados Continuados que já está em construção. Temos também um compromisso. Vamos fazer mais um lar em Montalegre e outro em Salto com dinheiro do Governo ou com dinheiro da Câmara. Vamos fazê-los porque é uma obrigação moral de quem dirige a Câmara com responsabilidade. Vamos fazer grandes poupanças. Vamos fazer grande economia para canalizar recursos para estes três investimentos que são importantíssimos para o concelho. Espero que haja da parte do Governo um apelo de consciência, que faça um esforço de solidariedade».
 
APOIO ANUAL
DE 150 MIL EUROS
 
Quem não escondeu o agrado pelo que viu em Cabril foi o Secretário de Estado da Segurança Social. Pedro Marques fez um balanço positivo: «encontrei um equipamento de grande qualidade. Estamos a promover o equilíbrio do país e o equilíbrio regional. São mais 19 milhões de euros que vão ser feitos no distrito de Vila Real. São mais 11 projectos em todo o distrito. São centenas de postos de trabalho que estamos a criar. Em Cabril, encontrei aqui capacidade de planear, um grande investimento da Câmara que deve ser destacado. É um equipamento que vai ter apoio da segurança social para o seu funcionamento. São 80 idosos. Todos os anos vamos apoiar com 150 mil euros». «Esta é a forma como interpretamos o mandato dos portugueses», rematou.
Lar de Cabril inaugurado
Lar de Cabril inaugurado
Lar de Cabril inaugurado
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