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XXIV Congresso Medicina Popular
06 Setembro 2010
A pacata aldeia de Vilar de Perdizes, concelho de Montalegre, voltou a receber mais uma edição do afamado Congresso de Medicina Popular. Um evento que reuniu, em quatro dias, cerca de 50 expositores e perto de cinco mil pessoas.
A 24.ª edição do Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes voltou a juntar bruxos, videntes, astrólogos, ervanários e búzios. Um mundo místico que convenceu cerca de cinco mil pessoas a visitarem um dos lugares mais peculiares do país.
MENOS GENTE
O número mais reduzido de pessoas, no entender do principal impulsionador do evento, o conhecido Padre Fontes, deveu-se «à crise e aos órgãos de comunicação social que não divulgaram muito o evento o que fez com que muita gente não soubesse e não viesse».
Todavia, apesar da mais fraca presença humana, o pároco faz balanço positivo classificando-o como um «êxito» e que é para continuar: «apesar de já contar com 27 anos de existência, para o próximo ano, há aspectos que têm de ser melhorados. Chegamos à conclusão que deve haver um maior cuidado na selecção dos expositores porque alguns não têm grande qualidade, por isso, deve ser criado um regulamento interno», destacou António Fontes.
A somar a estes dados, o organizador afirmou que apesar do tema geral do congresso ser a medicina popular é importante que cada congresso seja subordinado a um tema central que faça parte da medicina popular.
PALESTRAS COM
QUALIDADE
No que concerne às palestras dadas ao longo dos quatro dias do Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes, o sacerdote garante que «este ano tivemos oradores e temas de grande qualidade”. No entanto, reforçou, «foram pouco participadas, as pessoas deviam interessar-se e associar-se mais às conferências». O mesmo não sucedeu na hora da preparação da queimada barrosã, um licor à base de aguardente, limão e açúcar, feito pelo padre Fontes e que teve uma grande adesão por parte dos curiosos.
Reportagem no PORTO CANAL