Forte animação é o que se espera, no último dia deste mês, em Vilar de Perdizes, aldeia do concelho de Montalegre, com mais uma celebração da "Noite de Halloween". Uma jornada com bruxas, bruxedos, diabos e mafarricos à solta pelas ruas desta freguesia do Barroso.
A animação a cargo da companhia de teatro Filandorra, em parceria com os actores/amadores do Centro de Estudos de Barroso - Teatro e Tradições, preparou um conjunto de actividades a ter lugar ao longo da tarde e noite de domingo, desde oficinas temáticas como "Caracterização e Adereços", "Músicas e Sons" e "Construção de Vassouras", bem como um colóquio sobre "Bruxas e Diabos na Cultura Popular - O Turismo como pólo dinamizador", que contará com a participação de Fátima Crespo (Associação de Defesa do Património de Vilar de Perdizes), David Teixeira (Ecomuseu de Barroso), David Carvalho (Filandorra) e como moderador o etnólogo Padre Fontes, responsável por inúmeras iniciativas que tornaram Vilar de Perdizes uma referência em termos de tradições ligadas às forças do oculto.
SURPRESAS
"HORRIPILANTES"
A organização desta iniciativa promete «muitas surpresas "horripilantes" a partir dos jantares embruxados preparados pelos restaurantes de Vilar de Perdizes, que, decorados com motivos ligados ao azar, vão "deliciar" e "assustar" os convivas». Depois do jantar, «os visitantes podem ainda participar num cortejo "embruxado", verdadeiramente assustador, com os participantes a viverem situações inesperadas com a presença de personagens ocultas à luz de velas a provocar muitos percalços e sustos tais como "pisa de bosta de boi", e "jactos de leite de burra", entre outros».
Depois dos sustos, a Filandorra apresenta "As Bruxas e a Morte", quadro da peça Contas Nordestinas de A.M. Pires Cabral, que a Filandorra revisita seis anos depois.
A noite «encerra com a tradicional Queimada, feita à base de aguardente e com efeitos "esconjurativos", que será abençoada pelo Padre Fontes e servida a todos os participantes nesta noite de bruxas à portuguesa, uma noite que vai ser um trinta e um...».
