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Nevão custou 10 mil euros por dia - veja reportagem da RTP
06 Dezembro 2010

Com o forte nevão que se abateu no concelho de Montalegre, o município gastou, em cada dia, 10 mil euros. No terreno estiveram 12 veículos limpa-neve e quatro máquinas a espalhar sal. Um grande «esforço financeiro», defende o presidente Fernando Rodrigues que adianta outros números: «Cada família em Montalegre gasta em média, em aquecimento, 200 euros por mês». São 20% do rendimento de cada barrosão que somado, em média, a "cinco meses de Inverno" representa 10 milhões de euros por ano.
Há mais de 20 anos que não caia tanta neve sobre o concelho de Montalegre. Um nevão sem memória para os mais novos, só recordado por outras gerações, estas sim com lembrança viva do Barroso antigo.
Todavia, o presente pede outra capacidade de resposta que não era exigida no passado onde as aldeias ficavam aos dias sem qualquer contacto com a sede concelhia e com o resto do Mundo.
«SOMOS O CONCELHO
MAIS PREPARADO»
Para fazer frente a este cenário, a Câmara Municipal de Montalegre, tal como vem sucedendo em anos anteriores, colocou no terreno várias máquinas, umas da autarquia outras alugadas. Ao todo foram 12 veículos limpa-neve e mais quatro a espalhar sal. Fernando Rodrigues, presidente da autarquia, dá o testemunho: «nós estamos preparados para responder rapidamente quando neva na parte mais alta do concelho. No entanto, este nevão foi dos maiores em termos de espessura e extensão. Cobriu todo o concelho. Nevou onde praticamente nunca neva...mesmo na zona de Ferral, Venda Nova, Salto...claro que isto dificulta muito a nossa acção. De qualquer maneira, o concelho de Montalegre é o concelho que está mais preparado para enfrentar este tipo de problemas. Lidamos com isto todos os anos e às vezes mais do que uma vez por ano».
100 MIL EUROS DE GASTOS
Fernando Rodrigues lembra que a despesa é elevada, só assim é possível responder com prontidão e eficiência a um concelho com mais de 800 km2: «temos 12 máquinas limpa-neve e mais quatro a espalhar sal. Isto representa uma despesa de oito mil euros por dia só em máquinas e se juntarmos mais o sal, são 10 mil euros por dia que custa a neve ao município de Montalegre. Com esta nevada, vamos andar oito a 10 dias a trabalhar...são 100 mil euros que esta nevada vai custar ao município. É dinheiro que nos dava para fazer uma obra. Contudo, nós temos que manter a actividade no concelho, manter a ligação entre as aldeias e à vila e esta ao exterior».
«RESPONDEMOS
COM EFICIÊNCIA»
Para o presidente da Câmara de Montalegre já não é tolerável o que sucedia há 30/40 anos: «hoje já não podemos estar com as aldeias isoladas aos oito e aos 15 dias como acontecia antigamente. Hoje as pessoas se nevar de noite, ao meio da manha, querem circular, telefonam logo para todo o lado para serem resgatadas, para terem a via transitável. Acho que respondemos dentro da nossa obrigação e dentro daquilo que é possível fazer». Uma resposta que obrigou os cofres da edilidade a «um grande esforço financeiro» porque, acrescentou, «as pessoas têm que se convencer que tudo isto custa dinheiro. São 16 equipamentos a trabalhar 10 a 12 horas por dia...são 100 mil euros! É muito dinheiro para o município de Montalegre. Mesmo assim, respondemos com muita eficiência. Se olharmos para concelhos vizinhos que não têm uma única máquina a trabalhar, vemos que têm problemas terríveis».
IMPOSTOS PARA
O...SÃO PEDRO
Aliado a estes números está uma outra realidade que onera financeiramente cada barrosão. Fernando Rodrigues constata: «nós para além de pagarmos impostos ao Estado, pagamos também impostos para o São Pedro. Cada família em Montalegre gasta em média, em aquecimento, 200 euros por mês. Gasta 20% do seu rendimento. Isto é muito dinheiro! Ora se nós multiplicarmos estes 200 euros pelas 10 mil casas que estão habitadas e a funcionar permanentemente, são 2 milhões de euros por mês. Temos aqui um imposto indirecto só para aquecimento. Se multiplicarmos por cinco meses, são 10 milhões de euros que se gasta em lenha, em biomassa, em gás, em electricidade e em gasóleo. É um encargo muito grande para as nossas famílias».
«ISTO REVOLTA-NOS!»
Sem se deter, Fernando Rodrigues puxa o dossier EDP para ilustrar a grande injustiça que se abate no dia a dia de quem vive no concelho de Montalegre: «isto revolta-nos porque sai do bolso a toda a gente. Revolta-nos também porque comparamos com a EDP e com a produção de energia que nós temos aqui à mão! Nós gastamos este valor e produzimos aqui energia com as nossas barragens do qual não temos benefício absolutamente nenhum. A EDP enriquece à custa dos municípios com barragens, tem grandes lucros que divide com os accionistas, paga prémios aos seus gestores, e não tem dinheiro para pagar uma renda justa pela riqueza que nós produzimos». «São situações de uma injustiça tremenda», conclui.
REPORTAGEM DA RTP



































