Foi num ambiente descontraído que se processou, no salão nobre do edifício dos Paços do Concelho, a reunião prévia entre organização e produtores com vista à próxima Feira do Fumeiro e Presunto de Barroso, evento que assinala 20 anos de vida de 27 a 30 de Janeiro.
Orlando Alves, vice-presidente do município de Montalegre e um dos principais rostos da organização, destacou o sucesso alcançado, ao longo dos últimos tempos, no licenciamento da actividade dos produtores ao mesmo tempo que felicitou toda a equipa que ajudou a que esta realidade fosse possível: «estivemos aqui onde foram dadas as últimas dicas para o grande certame que é a Feira do Fumeiro e cuja organização passa por esta reunião prévia e por um conjunto de informações que tinham de ser dadas».
VISTORIA
ATÉ 15 JANEIRO
Para Orlando Alves este tipo de encontro serve para «motivá-los para o aprumo que cada um deve ter na apresentação do produto final», daí que, acrescente, «felicitei os produtores pelo processo de licenciamento a que todos, genericamente com algum atraso, aderiram. Disse-lhes também que o processo está a decorrer muito bem. Vamos também ter o licenciamento da actividade que é o passo subsequente que vai ser culminado com êxito. Está-se a meter na plataforma da modernização administrativa o licenciamento dos produtores. Tudo isto culmina com a vistoria a ser feita nos primeiros dias de Janeiro».
Sobre esta temática, o autarca pediu aos presentes que vejam o aparecimento dos técnicos da vistoria como algo «natural e positivo» que serve para concluir o licenciamento: «as pessoas vão aparecer com espírito de colaboração, nada de alarmismos...mas é preciso que haja consciência que as coisas mudaram. Quem hoje produz não é o mesmo do que se via antigamente. As exigências são outras, como tal, tudo isto é uma boa notícia e é desta forma que as coisas devem ser entendidas».
«FAZ SENTIDO
TER ESTA "PRENDA"»
A reunião ficou marcada pelo anúncio, por parte da Câmara de Montalegre, que dá conta que os produtores passam a ficar isentos do pagamento do pavilhão que será atribuído a cada um consoante o número de animais inscritos. Uma decisão justificada assim: «faz algum sentido. Eles já gastaram muito dinheiro. Já investiram muito dinheiro no licenciamento e isso foram receitas da Câmara. Por outro lado, a obrigatoriedade de levar porcos ao matadouro também tem custos acrescidos». Na mesma linha, Orlando Alves concluiu: «num tempo de crise e com as debilidades económicas que são reconhecidas, faz todo o sentido ter esta "prendinha" para com os produtores, porque eles merecem, porque são eles que dinamizam o tecido sócio-económico em cada uma das suas terras e da própria região».
