
Hoje

Máx
C
Mín
C
Amanhã

Máx
C
Mín
C
Depois

Máx
C
Mín
C
- Munícipe
- Município
- Balcão Online
- Ordenamento do Território
- Cultura
- Área Social
- Recursos Humanos
- Desporto
- Gabinete de Apoio ao Emigrante
- Imprensa
- Newsletters
- Eleições
- BUPi - Balcão Único do Prédio
- Defesa do Consumidor
- Livro de Reclamações Eletrónico
- Informações Úteis
- Consultas Públicas
- Transportes
- Programa de Cumprimento Normativo
- Contactos do Município
- Empreendedor
- Turista
- Autarquia
Pesquisa Geral
Início
- Munícipe
- Município
- Balcão Online
- Ordenamento do Território
- Cultura
- Área Social
- Recursos Humanos
- Desporto
- Gabinete de Apoio ao Emigrante
- Imprensa
- Newsletters
- Eleições
- BUPi - Balcão Único do Prédio
- Defesa do Consumidor
- Informações Úteis
- Livro de Reclamações Eletrónico
- Consultas Públicas
- Transportes
- Programa de Cumprimento Normativo
- Contactos do Município
- Empreendedor
- Turista
- Autarquia
Artesãos de Paredes condecorados
06 Janeiro 2011

Com o apoio da Câmara Municipal de Montalegre, a Associação Social e Cultural de Paredes do Rio voltou a organizar o típico "Cantar dos Reis", numa jornada de pura confraternização que serviu também para condecorar, com a "Carta de Artesão", alguns artesãos da aldeia que figuram na denominada Rota dos Artesãos, criada em 2002.
Nem o mau tempo fez recuar a muita gente que marcou presença em Paredes do Rio, aldeia do concelho de Montalegre, para assistir ao tradicional jantar de reis promovido pela Associação Social e Cultural de Paredes do Rio.
Um encontro de gerações que teve «um sabor especial», refere José Carlos Moura, presidente da associação, pela «atribuição das cartas de artesão», isto porque, acrescenta, «era uma batalha que tínhamos há muito tempo».
Com efeito, desde 2002 que existe a Rota dos Artesãos nesta pitoresca aldeia do concelho de Montalegre. José Carlos Moura recorda o modo como este projecto evoluiu: «falou-se com as pessoas que dominavam artes e ofícios e pediu-se que, em conjunto, demonstrassem e ensinassem aos curiosos como são as artes destas terras. Começaram a organizar-se visitas guiadas a esta aldeia, onde o atractivo maior era o grupo de artesãos que trabalhava ao vivo. Rapidamente este grupo ganhou fama e ficou conhecido. Em 2006 foi convidado para participar numa feira de artesanato realizada em Braga, onde os mesmos foram acolhidos com grande carinho e se tornaram o centro das atenções da feira».
ARTESÃOS MUITO
SOLICITADOS
Sem se deter, relatou outras solicitações: «foram também convidados para participar na Expolimia (Espanha) em 2003, 2004 e 2005 onde surpreenderam tudo e todos pela sua simpatia, simplicidade e conhecimentos que já se julgavam perdidos por essas terras. Em 2007, receberam o grupo de jornalistas que visitava Montalegre e participaram na Feira Medieval realizada na mesma vila. Ainda em 2007, foram convidados para uma feira de artesanato em Chaves, na qual Ihe era exigido a Carta de Artesão. Esta situação deixou-nos perplexos!».
MANGAS ARREGAÇADAS
Para o jovem presidente da associação de Paredes do Rio, colectar os artesãos foi um trabalho árduo que não impediu o resultado final: «arregaçamos mangas e procuramos informação de como conseguiríamos a dita Carta. Tudo apontava para que estes artesãos conseguissem a Carta de Artesão, teriam de se colectar. Esta informação não nos agradou visto que a maioria já teria uma idade considerável. Soubemos de um encontro de artesãos que se iria realizar na Ponte da Barca. Dirigimo-nos para lá e depois de várias tentativas para chamarmos a atenção dos responsáveis lá conseguimos explicar a nossa situação e agendamos uma visita do CRAT (Centro Regional de Artes Tradicionais) à aldeia de Paredes do Rio».
Ainda no mesmo tom, José Carlos Moura lembrou: «enquanto aguardávamos a visita destes, foram realizadas gravações para o programa "Nós por Cá" da SIC, onde os nossos artesãos mostraram, mais uma vez, o seu valor. Assim, quando visitados pelo CRAT, concluímos que os nossos artesãos se deveriam candidatar à Carta de Artesão por Mérito. Neste sentido, foram realizados inqueritos aos mesmos, por forma a obter dados da sua história de vida com vista a tratar do curriculum, e assim se efectuou o pedido das referidas Cartas».
Face a este quadro, José Carlos Moura conclui: «foi muito gratificante tanto para mim como para eles. Estamos nesta "guerra" há muito tempo. Termos conseguido foi mais do que merecido. São pessoas com uma grande dedicação que têm conquistado muita coisa. A partir de agora vamos continuar com a rotina que já temos, que não é pequena...onde temos feito muito trabalho».
CÂMARA APOIA
ROTA DOS ARTESÃOS
Refira-se que desde a criação da Rota dos Artesãos, feita em 2002, esta contou sempre com o apoio da Câmara Municipal de Montalegre através do Ecomuseu do Barroso que mandou fazer, entre outras apostas, folhetos informativos acerca deste projecto e apoio na luta da obtenção da Carta de Mérito.
Para Fernando Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Montalegre, «hoje é necessário estar credenciado para ter uma actividade. Os artesãos conseguiram esta credenciação com base na experiência. Representa também o reconhecimento das tradições e do saber da aldeia. Espero é que aqueles que receberam aqui esta certificação, trabalhem muito para que a casa que nós vamos aqui construir que irá, numa primeira fase, estar concluída em Maio, tenha vida e que possa acolher muito do trabalho dos artesãos».
Por fim, o edil teceu igualmente elogios ao convívio em torno da tradição dos reis: «é uma iniciativa que merece ser acarinhada porque é uma demonstração da vitalidade desta aldeia. Representa também o esforço colectivo para bens do interesse comunitário. Fizeram o peditório, o leilão e as verbas revertem para a igreja. Tudo isto é de louvar. Envolve a aldeia toda, dinamizada por esta associação. Deixo-lhe aqui os meus parabéns redobrados».
Por fim, o edil teceu igualmente elogios ao convívio em torno da tradição dos reis: «é uma iniciativa que merece ser acarinhada porque é uma demonstração da vitalidade desta aldeia. Representa também o esforço colectivo para bens do interesse comunitário. Fizeram o peditório, o leilão e as verbas revertem para a igreja. Tudo isto é de louvar. Envolve a aldeia toda, dinamizada por esta associação. Deixo-lhe aqui os meus parabéns redobrados».
CASA DO LAVRADOR
Tal como já foi noticiado, Paredes do Rio vai ter, em Maio próximo, um Centro de Acolhimento, vulgo Casa do Lavrador, a ser erguido no coração da aldeia. Trata-se de uma obra que resulta de um projecto comparticipado pela ADERE - Peneda Gerês e que será suportado, no restante montante, pelo município de Montalegre. Um edifício que vai nascer no espaço da actual Casa do Castro, também ela adquirida pela autarquia, com duas alas. Na primeira vão ser construídos dois quartos com 25 beliches, duas casas de banho, dois quartos individuais e uma cozinha de apoio. Na segunda ala vai existir uma cozinha tradicional de Barroso, um salão de apoio aos artesãos e outro salão amplo para as mais diversas actividades.
ARTESÃOS COM CARTA
- Teresa de Moura
- Joaquim Fonseca
- Maria Benta Gonçalves Caselas
- António Pereira de Moura (Arte de Amolador)
- Maria Dias Pereira
- José Gonçalves Portelada (Arte de Cestaria, Soqueiro e Tamanqueiro)
- Maria Teresa Afonso
- Benta Afonso Ferreira Caselas
- Joaquina de Moura
- Maria Rodrigues Pereira
ARTESÃOS SEM CARTA
- Maria Luísa Gonçalves Pereira Afonso
- Adérito João de Moura (Arte de trabalhar a madeira)
- António de Moura (Todas as artes)
- José Ramos Castro (Arte das miniaturas de madeira)
Nota: A arte das senhoras é comum a todas elas (preparação e fiação de fibras têxteis, tecelagem e confecção de artigos de malha).






