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- Autarquia
Abertura da pesca no rio
01 Março 2011
Desilusão foi o sentimento comum na abertura da pesca no rio. Estivemos no rio Cávado, em particular na pontes de Frades e Donões, ambas situadas no concelho de Montalegre, onde encontramos muitos pescadores ávidos por peixes que não abundaram. Apontam críticas ao tempo e ao mau repovoamento. A autarquia defende-se referindo que tudo foi feito de acordo com as normas estabelecidas pelos serviços competentes.
Despertaram cedo, fizeram-se à estrada e ao monte, alguns deles a dezenas de quilómetros do concelho de Montalegre. Falamos dos amantes de pesca que picaram o ponto no dia da abertura da pesca no rio.
Muitos pescadores vindos dos mais variados lugares. Para além dos barrosões, especial concentração nas regiões do Minho e Grande Porto e par da vizinha Galiza. Em todos uma cara fechada pela desilusão que encontraram.
CRITICAS AO
REPOVOAMENTO
Manuel Oliveira do Porto foi uma voz crítica. Habitual frequentador do Rio Cávado, não escondeu o desgosto pelo que observou: «olhe...estou a olhar para o rio! Não dá nada isto. Penso que não houve interesse em repovoar». Na mesma linha está Joaquim Moreira, natural de Gondomar: «aqui não há peixe nenhum! As pessoas ainda não se consciencializaram do potencial turístico que aqui tem. Devem preservar os rios. É preciso repovoá-los bem, como fazem os espanhóis em Espanha. Qualquer pescador não se importa de pagar uma licença mais cara mas tem que saber que vem para o rio e tem peixe, que é tratado e que é preservado».
Fernando Carvalho da aldeia de Pedrário, concelho de Montalegre, também não gostou do que viu na ponte de Donões: «isto está muito mau. O tempo está muito frio e o rio não está bom para se pescar. Há também pescadores a mais e pouca truta. Acho que o repovoamento está mal feito».
AUTARQUIA ESCLARECE
Sobre estas críticas, o responsável da Câmara Municipal de Montalegre pelo sector refere o seguinte: «a Câmara Municipal de Montalegre compreende o sentimento de desilusão de alguns pescadores que escolheram o rio Cávado para fazerem a abertura da pesca no nosso concelho, pois 1 de Março foi um mau dia de pesca, por causa da forte geada que caiu durante a noite, o frio que se fez sentir e a água do rio se apresentar muito límpida, circunstâncias essas que contribuíram para que o peixe tivesse pouca actividade e por sua vez as capturas ficassem à quem do esperado. Certamente que melhores dias de pesca virão e as capturas ocorrerão em quantidade e qualidade desejadas por todos os pescadores amantes deste desporto».
No reforço desta argumentação, a autarquia conclui: «quanto aos repovoamentos que se realizaram este ano na concessão do rio Cávado, feitos de acordo com a indicação da entidade competente, convém esclarecer que estes foram executados pelo pessoal da Câmara Municipal de Montalegre afecto a este sector, acompanhados por dois técnicos da Autoridade Florestal Nacional, entidade responsável pela pesca nas águas interiores. Além do mais, os repovoamentos foram efectuados em quantidades idênticas às dos anos anteriores, em toda a extensão da concessão, com truta-fário criada nos viveiros da Autoridade Florestal Nacional».