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Comissão Parlamentar de Agricultura visitou Montalegre

15 Março 2011
Integrada num périplo pelas regiões do Barroso e Nordeste Transmontano, a comissão parlamentar de agricultura desenvolvimento rural e pescas passou por Montalegre. Os deputados estiveram no Matadouro Regional do Barroso e Alto Tâmega e na sede do Ecomuseu de Barroso. O objetivo da visita passou por «percecionar, de perto, as atividades e projetos na área da agricultura e pecuária».
A comissão parlamentar de agricultura desenvolvimento rural e pescas realizou um leque de visitas às regiões do Barroso e Nordeste Transmontano com o intuito de «percecionar de perto, as atividades e projetos na área da agricultura e pecuária».
A comitiva, liderada pelo presidente Pedro Soares (BE), contou com os deputados Horácio Antunes e Paulo Barradas (PS), António Cabeleira, Paulo Santos e Luís Capoulas (PSD), Abel Batista (CDS-PP), Rita Calvário (BE), Agostinho Lopes (PCP) e José Luís Ferreira (Os Verdes).
No concelho de Montalegre, o grupo teve a companhia, entre outros, do presidente da Câmara Municipal de Montalegre, Fernando Rodrigues, que deu conta das potencialidades e dificuldades caraterizadoras do concelho. Na sede do Ecomuseu de Barroso, o autarca referiu: «queremos apostar na ruralidade. Somos um concelho rural com 135 localidades. Duas vilas e 133 aldeias. São polos construídos com caraterísticas próprias. Neste últimos anos definimos perímetros muito cerrados à volta das aldeias para não deixar transformar todo o território num aglomerado de construções ao longo da extensa rede viária que temos. Isto foi uma boa opção. É também com isto que nós desenvolvemos o nosso concelho a par da valorização dos nossos produtos turísticos».
 
CIRCUITO IMPIEDOSO
 
Face a este quadro, Fernando Rodrigues alertou a plateia para as vicissitudes que norteiam o contexto do concelho: «se nós queremos ter um concelho com vida, temos que continuar a ter as aldeias com gente. Ter aldeias com gente é ter lá agricultura. É ter vida rural. O Ecomuseu quer dar um contributo para a valorização do mundo rural, valorizando os produtos locais e fazer a sua comercialização. O problema é que a comercialização é muito difícil. Por exemplo, a carne está nas mãos das grandes superfícies. É um circuito impiedoso e não se chega lá. E se chegamos lá, fica lá o lucro!».
Sem deter a argumentação, o edil reforçou: «temos feito uma boa promoção do concelho em termos de atratividade, de promoção cultural. Procuramos transformar a atividade cultural em possibilidade de criação de riqueza e emprego. Foi esta nova sensibilidade que nós conseguimos transmitir às pessoas. Hoje as pessoas, nas aldeia,s sabem que o forno é velhinho mas tem valor; hoje há associações locais empenhadas em recuperar o seu património, em mostrar o moinho, em por o forno do povo a cozer, ter a igreja como exemplo do seu património restaurado...estou convencido que está aqui uma "semente" para o Ecomuseu continuar a aproveitar».
 
«NOSSOS AGRICULTORES
NÃO SÃO EMPRESÁRIOS»
 
O presidente da Câmara de Montalegre lembrou que o fomento de qualquer atividade está no arrojo e na formação. Ora esta última não existe na génese do agricultor barrosão: «é um desenvolvimento difícil porque temos gente que sabe fazer agricultura mas não são empresários. Eles não tiveram formação empresarial. Depois temos os mais novos que não foram preparados para serem empresários. Este é o maior drama que sentimos, agravado com o facto dos jovens antes irem para fora e terem emprego e agora não». A finalizar, o autarca vincou a mensagem forte que quis direcionar aos deputados presentes: «os nossos problemas são problemas gerais do interior e do mundo rural. Há uma aposta por parte da Câmara de Montalegre em prestar apoio às pessoas, à economia, à criação de emprego e prestar apoios sociais que são imprescindíveis para as situações de emergência que vive muita gente. O ano passado apoiamos à volta de 150 estágios profissionais: na Câmara, nas associações, no Ecomuseu...fizemos isso, para além de os integrar no mercado de trabalho, também para lhes dar o alento nesta situação de desespero que muitos se encontravam. Para aliviar esta pressão, fizemos uma grande aposta, um grande investimento e tivemos um resultado extraordinário, pois cresceram em termos profissionais e humanos».
 
TERRITÓRIO MULTIFUNCIONAL
 
Depois de escutar o presidente da autarquia de Montalegre, Pedro Soares, presidente da comissão parlamentar de agricultura e pescas, tomou a palavra. Temas como a agricultura e pecuária do Barroso, apoios à produção, PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural) e momento do Matadouro Regional do Alto Tâmega e Barroso mereceram reflexão numa espécie de mesa redonda onde todos os deputados e público foram chamados a intervir.
O líder da comitiva destacou o trabalho de excelência que está a ser posto no terreno no concelho de Montalegre no que diz respeito ao setor primário: «é com muita satisfação que fazemos esta visita a esta região. Montalegre tem feito um trabalho muito interessante ao nível do desenvolvimento rural. Encara o território rural não apenas como um território ligado à agricultura, apesar de ser absolutamente fundamental, mas como um território multifuncional, ou seja, um território onde é possível desenvolver um conjunto de atividades complementares que permitem, apesar de todas as dificuldades, desenvolver a atividade agrícola e outras com obtenção de rendimentos e fixação de pessoas».
 
MONTALEGRE: CAPITAL
DO DESENVOLVIMENTO RURAL
 
Sempre em tom elogioso, Pedro Soares foi ainda mais longe ao classificar Montalegre como futura capital portuguesa do desenvolvimento: «o que temos assistido em Montalegre é um trabalho meritório. Estou à vontade porque nem sou da mesma cor política. De facto, reconhecemos este trabalho. O Ecomuseu é um bom exemplo. Cada concelho tem a sua riqueza. Montalegre não tem petróleo mas tem esta grande riqueza que são as suas gentes, a sua capacidade de produção e, sobretudo, a sua cultura que procura desenvolver e transformá-la em riqueza. Uma autarquia que tem esta visão de apoio social e não olhar apenas para cimento...não será por acaso, julgo saber, que Montalegre poderá vir a ser mesmo a capital do desenvolvimento rural do país».
 
LEADER II EM BALANÇO
 
Do encontro constou, no âmbito da região do Alto Tâmega e Barroso, «um balanço da implementação do Programa Leader II», programa que tem por fim «permitir aos agentes e territórios rurais valorizar as suas próprias potencialidades, contribuir para o desenvolvimento económico, social e cultural do meio rural, suscitar um espírito de cooperação entre municípios, freguesias e lugares, de modo a despertar solidariedades que reforcem o desenvolvimento das regiões, sensibilizar a população para a riqueza do património da região, responsabilizando-as pela sua preservação e valorização e criar hábitos de convívio entre a população local, favorecendo os contactos entre os residentes e os visitantes».
Por outras palavras o Leader II quer «fomentar o emprego, proteger o meio ambiente e a cultura local, além de promover a reativação económica do sector empresarial instalado nas zonas rurais».
 
66 MILHÕES INVESTIDOS 
 
Recorde-se que dia 8 de Outubro do ano passado, em Vila Real, o Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Rui Pedro Barreiro, e a gestora do PRODER, Gabriela Ventura, entregaram os contratos de financiamento aos beneficiários dos projetos aprovados para toda a região Norte, referentes às medidas de apoio da abordagem LEADER do programa PRODER.
Nesta primeira fase, na região Norte, o investimento rondou os 66 milhões de euros e serão criados 791 empregos diretos, num total de 456 projetos apoiados. No entanto, o Secretário de Estado deixou em nota de rodapé, que os jovens devem apresentar as suas candidaturas, pois há fundos comunitários disponíveis para o efeito. Ainda na ocasião, Rui Barreiro disse que estes contratos «são um incentivo à criação e desenvolvimento de microempresas, promovendo também o desenvolvimento de atividades turísticas e de lazer e de outras que se prendem com a conservação e valorização do património e serviços básicos para a população rural». Considerou ainda estas medidas como «fundamentais para o crescimento equilibrado do país» sendo «uma boa forma para melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem nos meios rurais e os projetos que foram aprovados são exemplo disso».
 
Reportagem TV BARROSO
 

Comissão Parlamentar de Agricultura visitou Montalegre
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