A Câmara Municipal de Montalegre, representada pelo presidente Fernando Rodrigues, marcou lugar no auditório municipal de Boticas, no "Encontro Nacional de Incubadoras", evento que pretendeu reunir as principais incubadoras nacionais que atuam na promoção e dinamização do empreendedorismo em Portugal. Com os principais centros de incubação de empresas do país reunidos, a iniciativa «afirmou-se como um evento catalisador de novas ideias e sinergias em torno deste apoio à iniciativa empresarial».
Do
programa constaram conferências, workshops, business drinks e almoços de negócio complementado pelo lançamento de novos projetos de incubação no interior do país, entre os quais, a composição da futura Rede de Incubação do Barroso.
CRIAÇÃO
Com efeito, a
ANJE lançou os alicerces da
Rede de Incubação do Barroso, futuramente composta pelos Centros de Incubação de Boticas, Montalegre e Ribeira de Pena. Enquadrado nos paradigmas de economia sustentável e de empreendedorismo social, o projeto pretende «criar condições infraestruturais, humanas e sociais favoráveis à iniciativa empresarial jovem em contexto rural». Mais do que um espaço para a instalação de novas empresas, os futuros centros de incubação «serão polos de incentivo e de apoio à atividade empreendedora e estarão associados a políticas regionais de atração da população mais jovem e de combate ao desemprego e à desertificação».
Associando-se à economia rural, sem nunca descurar a apetência pela inovação, a Rede de Incubação do Barroso «irá assumir um papel de forte consciencialização ecológica e sustentável. As empresas serão formadas no sentido de obterem os conhecimentos e as competências necessárias à adoção de práticas empresariais responsáveis».
Por sua vez, os empresários interessados «poderão vir a usufruir de áreas de terrenos cultiváveis, beneficiando ainda, para esse efeito, de formações na área da agricultura biológica ou permacultura (filosofia e conjunto de técnicas de organização de estruturas como quintas, aldeias ou cidades, com vista à sua sustentabilidade)». Por outro lado, «serão criados incentivos no domínio do empreendedorismo familiar, através de apoios à habitação destinados aos jovens empresários que queiram fixar-se pessoal e profissionalmente naquelas regiões».
INTERVENÇÃO
ABRANGENTE
Os futuros centros de incubação «não serão sectoriais, mas deverão privilegiar os projetos de áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento da região do Barroso. É o caso do turismo, do ensino e formação, das novas tecnologias e do vasto sector das indústrias criativas, onde estão incluídos o artesanato, comunicação, design, arquitetura, artes plásticas, fotografia, audiovisuais e moda».
Na sua dimensão física, os futuros centros de incubação «deverão incluir: gabinetes devidamente equipados para a atividade empresarial; pavilhões industriais; espaços de co-work destinados à incubação de profissionais liberais e áreas comuns como salas de reuniões e salas de formação». Cada infraestrutura «estará também dotada de um Gabinete de Apoio ao Empresário, que terá condições para acompanhar tecnicamente o desenvolvimento das empresas». Este acompanhamento «traduz-se, não só, mas também, na organização de eventos empresariais (seminários, workshops, road-shows…), na realização de ações de formação, no desenvolvimento de networking global (com centros de I&D, business angels, etc.), na deteção de oportunidades de investimento, na promoção de parcerias com outras empresas, no estabelecimento de protocolos com entidades oficiais promotoras do empreendedorismo, na preparação de candidaturas a sistemas de apoio financeiro ou na divulgação de informação de interesse para o core business das empresas».
