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«Alma do congresso é o padre Fontes»

30 Agosto 2011
Na semana dos 25 anos do Congresso de Medicina Popular, evento que acontece em Vilar de Perdizes de 1 a 4 de Setembro, falamos com Orlando Alves, vereador da cultura do município de Montalegre. Uma conversa onde foi feita a "radiografia" daquele que para muitos, em matéria de visibilidade, foi o embrião que colocou o concelho de Montalegre no mapa português.
De que forma é que a Câmara Municipal de Montalegre vê a evolução do Congresso de Medicina Popular?
 
O congresso teve uma progressão simpática, até surpreendente. Desde que foi lançado pelo seu criador, o padre Fontes, este evento andou sempre em crescendo. Contudo, tal como acontece com todas as coisas que na vida fazemos, a rotina é sempre um perigo. É sem dúvida uma inimiga muito forte de todas as coisas que deixamos cair nessa situação. A partir de determinada altura o congresso começou a decair, devido a isso mesmo.
 
De acordo com o que diz entende que foi "salvo"?

O evento foi "salvo" pela intervenção do bispo de Vila Real que veio para a comunicação social dizer que não autorizaria o envolvimento do padre Fontes na realização deste evento: uma coisa que envolvia tanto misticismo e tanta profanação do templo. Essa foi a "injeção" que o congresso estava a precisar. Com isso, voltou novamente a disparar com audiências, participação, a vinda em catadupa de milhares de pessoas. Estas vieram animar e enriquecer o nosso panorama.
 
Como observa o congresso na atualidade?
 
Acredito que nesta fase o congresso ainda se encontra com o mérito que tem tido o padre Fontes, verdadeira alma, toda a organização e todos aqueles que o coadjuvaram na mesma. Têm a virtude de saberem aguentar o congresso ao nível em que o bispo de Vila Real o colocou. Obviamente que não é fácil e por isso estão de parabéns.
 
Quando percebeu que o congresso tinha potencialidade para se tornar cartaz de atração turística?
 
Percebi que havia grande potencialidade desde cedo, a partir das primeiras edições. No momento que nós chegámos à Câmara, entendemos que estava aí uma alavanca importante para a projeção do concelho de Montalegre e do território no todo nacional. Tínhamos vindo de uma ditadura, com meia dúzia de anos de participação e envolvimento democrático… o concelho estava ainda confinado aos seus lindos costumes e tradições que eram apenas conhecidos de meia dúzia de investigadores ou curiosos intelectuais. Esses vinham em espessas próprias estudar o território e vimos muito cedo que isso iria ser trampolim: a realização do congresso e toda a mobilização que o misticismo e exoterismo envolviam. Tudo isso serviu para projetar a nossa cultura, tradições, gastronomia, atividade económica, hotelaria, restauração... nesse sentido, o município envolveu-se apoiando o padre Fontes na organização do congresso, dentro daquilo que era o figurino por ele desenhado.
 
Acredita que este congresso foi motor de desenvolvimento do concelho de Montalegre?
 
 
Acredito seguramente. O mérito principal do congresso é ter criado uma imagem de marca para Vilar de Perdizes e também para a região. Em consequência disso ocorre o nascimento e a projeção da Sexta Feira 13 que encaixa na temática e dinâmica que vinha do congresso. Este evento também foi sabiamente aproveitado e surpreendentemente bem sucedido.
 
Qual é a principal virtude e defeito do certame?
 
Eu penso que não tem defeitos, só tem virtudes e são muitas. Destaco a regeneração do tecido económico, o potencial que Vilar de Perdizes hoje possui, a marca comercial que Vilar de Perdizes tem e que hoje se traduz nas empresas que a aldeia possui. Essas dedicam-se à comercialização dos chás, dos licores e das mezinhas e outras mais coisas que possam e devem aparecer. A par disto, há virtudes como a revitalização da atividade económica, criação de nichos de empresas e atividades comerciais, que Vilar de Perdizes pode ainda explorar de uma outra forma.
 
Em síntese, que balanço faz destes 25 anos?

Muito bom, muito positivo e oxalá venham mais 25 pela frente.
 
«Alma do congresso é o padre Fontes»