XXV Congresso Vilar de Perdizes Inaugurado

Nem a ameaça de chuva travou os muitos curiosos que se deslocaram a Vilar de Perdizes, para assistirem à celebração dos 25 anos do Congresso de Medicina Popular. À medida que a inauguração decorreu a sala ganhou vida, perante um público atento.
Atraídos pela magia do desconhecido, os presentes aguardavam o início do certame. Mesmo ao lado da sala de congressos improvisada, homens e mulheres adeptos do oculto surpreendiam quem os visitava. Num misto de cores intensas, cheiros e adornos característicos, muitos foram aqueles que tentaram saber a sua sorte, azar, cura… ou até «experimentar a brincadeira», conta Ana Afonso, visita assídua.

 

 

Orlando Alves, também vice-presidente do município de Montalegre, dirige-se ao padre Fontes como «pai» e «alma» do congresso. Não se inibe em elogios. Para o vereador da cultura podemos dizer que «o padre fontes é uma espécie de "castelo com rodas"...o castelo de Montalegre com rodas». Uma vez que o pároco, acrescenta, «é de Montalegre, de Trás-os-Montes e do país». No mesmo tom, referiu: «é um monumento, é uma força telúrica da terra, um ideólogo…».
O autarca recorda que «as ideias do padre Fontes saem como a água brota das fontes». Contudo, acredita que o sacerdote, quando teve o pensamento do congresso, «nunca pensou que poderia vir a transformar-se num acontecimento com repercussões à escala regional e nacional».

 

 

Presente em todos os congressos de Medicina Popular, Barroso da Fonte, orador veterano, defendeu que a "alma" da iniciativa é «um ideólogo feliz», sendo ainda «o maior barrosão, pelo menos, da minha geração».

 

Luísa Queirós e Daniela Araújo, em nome do Ecomuseu de Barroso, colocaram em discussão «o que pode vir a ser a horta do futuro». Luísa Queirós deu a conhecer a horta biológica da instituição, bem como as principais atividades que se realizam a partir desse mote. Por outro lado, e tendo por base a «bio-horta», foram apresentadas «propostas e pistas de reflexão que podem ser pensadas para o futuro», não só do espaço biológico de cultivo do Ecomuseu, como «também do próprio território», explica Daniela Araújo.
No final da palestra coube ao CEB animar os presentes com uma peça de teatro. Esta cativou o interesse da plateia que soltou palmas de entusiasmo.

 

 

Evento de notoriedade, o Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes foi, mais uma vez, brindado com a presença da comunicação social local e nacional. Imagens e sons que ultrapassam as fronteiras do interior e aguçam a curiosidade dos interessados.