XXV Congresso Vilar de Perdizes - Debates polémicos

Após o sucesso da inauguração adivinhava-se um dia seguinte próspero na celebração dos 25 anos do Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes, evento que decorre até domingo. Com o São Pedro a ajudar, espaços contingentes ao congresso encheram-se de gente. Perante duas áreas distintas, uma sede de congressos e expositores, foi possível assistir a diversas atividades. No primeiro teve lugar uma série de debates polémicos. A saber: "Perspetivas recentes da medicina popular", apresentado por João Sanches; "Medicina caseira na região de Valpaços", a cargo de António Mosca; "Sabugueiro na medicina medieval", por Altino Cardoso e "Exorcismo, esotérico e oculto", intervenção do Mestre Alves. Coube ainda a Telma Teixeira desenvolver a temática "Desmistificação de exorcistas, médiuns e videntes", bem como a Berta Nunes mostrar um pouco do "saber médico do povo". Alexandro Minguez focou atenções na importância dos "cogumelos na medicina popular". Por fim, José Ribeiro e Lurdes Proença falaram de "Frutos silvestres comestíveis e medicinais".
Os presentes foram ainda brindados com uma apresentação de imagens de curandeiros de Vilar de Perdizes, trabalho realizado por Pedro Proença, que outrora esteve em exibição no Centro Português de Fotografia.

 

 

O local reservado aos expositores foi preenchido por sons tradicionais ecoados por um grupo de concertinas. Os músicos alegraram os presentes e houve até quem balia-se com a melodia.

Nota ainda para dizer que após serem discutidos todos os temas em sumário, a festa nas ruas continuou. A animação foi proporcionada pelo grupo AGAPE, «palavra de origem grega, que significa amor incondicional de Deus», traduz um membro da organização. O grupo natural do Montijo, integra no Centro Cristão Mão Amiga, brindou o público com apresentações de mímica e canções com mensagens de fé.