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Venda Nova - Memórias Submersas
27 Outubro 2011

Há cerca de 60 anos atrás foi erguida a barragem da Venda Nova no concelho de Montalegre. Esta obra deixou submersa a aldeia inteira e com ela muitas recordações. Já no presente, a construção da Venda Nova III obrigou ao esvaziamento da albufeira, sendo assim possível visualizar partes da antiga povoação. Contudo, este acontecimento fica marcado pela nostalgia do passado e pela queda brusca do turismo.
A barragem da Venda Nova foi erguida em inícios da década de 50. Esta construção provocou a submersão de toda a aldeia e terrenos adjacentes. Na sequência, os habitantes, com recurso às indemnizações recebidas, recomeçaram as vidas, onde hoje se situa a localidade. Mas, «nem todos conseguiram construir outra casa» lembra Jorge Silva, presidente da junta de freguesia.
300 MILHÕES
INVESTIDOS
INVESTIDOS
A central, denominada Venda Nova III, passa a ser, segundo a elétrica nacional, a maior central hidroelétrica em Portugal em termos de potência instalada. Esta unidade, que tira partido de duas albufeiras na zona de Vieira do Minho, é constituída por uma central subterrânea em caverna, um circuito hidráulico em túnel, diversos poços e túneis auxiliares e de acesso. Para além disto, apresenta dois grupos reversíveis com potência total de 736MW. Estima-se que terá, em média, uma produção bruta de eletricidade de 1.273 GWh/ano, dos quais 17 GWh/ano líquidos de bombagem. Por outras palavras, o projeto, localizado na margem esquerda do rio Rabagão, consiste em turbinar a água da albufeira da Venda Nova para a de Salamonde e, alternadamente, a bombagem, em sentido oposto, aproveitando os preços mais baixos da energia nas horas de vazio. Com isto, torna-se a primeira a funcionar como central de bombagem pura, isto é, produz energia turbinando em horas de ponta, e bombeará, consumindo energia, em horas de vazio, pelo que, ao nível do gasto energético, o balanço será quase nulo.
A entrada em operação da central, cujo investimento total ascende a 349 milhões de euros, está planeada para o primeiro semestre de 2015.
A entrada em operação da central, cujo investimento total ascende a 349 milhões de euros, está planeada para o primeiro semestre de 2015.
«TURISMO NÃO
PÁRA AQUI!»
PÁRA AQUI!»
Todavia, apesar deste aparatoso investimento, o presidente da junta de freguesia não tem dúvidas: «este esvaziamento traz muito prejuízo para a Venda Nova. O turismo não pára aqui. A praia fluvial está vazia. No ano passado houve fins-de-semana em que estavam aqui 300 a 400 pessoas, este ano estiveram 50 ou nem isso. Não há comércio, não há negócio. A paisagem está muito alterada e isso não atrai os turistas e, como é de prever, prejudica muito a freguesia».
RESPONSABILIDADE E
CONTRAPARTIDAS
CONTRAPARTIDAS
Jorge Silva lamenta a situação vivida na aldeia, na qual todos sabem a quem atribuir a responsabilidade. Contudo, o representante desta localidade afirma que «é uma empresa credível, com bom senso e já houve contactos entre mim e pessoas associadas à direção da empresa, que se comprometeram a arranjar uma solução e a dar contrapartidas à junta de freguesia, para benefícios das populações».
«SAUDADE E MÁGOA»
Com o despejo é possível avistar vestígios da Venda Nova antiga. Há pessoas «que recordam com saudade e mágoa as casas onde nasceram e tudo o que perderam», recorda Jorge Silva. É um misto de sentimentos que invade a região e atravessa gerações.














