Foi de um grupo de pescadores, em lazer na localidade de Travassos da Chã, que soou o alerta. O que ao início podia ser encarado como um carro a afundar, veio a transformar-se no desvendar de um mistério com meia década. O carro, um Citroen Saxo, submerso nas águas do alto Rabagão, foi retirado de «imediato» e dadas as particularidades verificou-se que o veiculo pertencia a João Fortunas Afonso, funcionário do município que estava desaparecido desde 2006.
CRIME OU SUICÍDIO?
Uma vez que a hipótese de crime estava instalada, o automóvel só foi aberto na presença da polícia judiciária e da equipa da polícia científica, que veio ao local na busca de vestígios.
Dentro do meio de transporte estava, alegadamente, o cadáver de João Fortunas. Este nunca mais foi visto desde 22 de Outubro de 2006. Segundo David Teixeira, comandante dos bombeiros voluntários de Montalegre, na época, os soldados da paz realizaram buscas «durante cerca de um mês», mas sem êxito.
7 MIL EUROS EM CHEQUE
Recorde-se que o antigo funcionário da edilidade, agora com 56 anos, antes de desaparecer, mostrava indícios de depressão profunda. Dizer ainda que segundo testemunhas, ouvidas na altura, no dia do desaparecimento, a vítima teria na sua posse um cheque a rondar os sete mil euros proveniente da troca de um carro.
