O coração de Montalegre palpitou ao som de um conjunto de viaturas incomuns e inacessíveis para o comum dos mortais. Falamos de viaturas antigas, de luxo, que levam os seus donos a percorrer caminhos por todo o mundo. Estão integrados no L’Impérial, um rali de exceção, que não prima pela velocidade, mas sim pela apreciação das coisas boas da vida. Miguel Araújo, proprietário do operador turístico associado a esta ação, refere que «já há algum tempo que tenho relações laborais com esta terra e com o Gerês». No mesmo sentido, destaca que «a vossa região e as vossas gentes merecem que nós vos visitemos».
A maioria dos participantes são franceses porém, estão presentes belgas e suíços. Ao todo, uma dúzia de viaturas compõe uma caravana de requinte. Chegados a Barroso, tiveram oportunidade de visitar o Ecomuseu e visualizar o filme "A Fronteira" de José João Sardinha. Após o almoço, todos puderam saborear a Queimada esconjurada pelo padre Fontes.
MONTALEGRE PROCURADA
Em representação do município, Fernando Rodrigues esteve presente na receção dos participantes do L’Impérial. O autarca refere que «esta é uma iniciativa turística de um operador, que escolheu Montalegre para marcar presença». Ao traduzir esta aposta, este evento é «um sinal muito positivo», porque «a nossa terra começa também a ser referência e motivo de escolha». No mesmo seguimento, a figura máxima da edilidade alerta para a necessidade «do concelho se integrar melhor» no seio das «agências turísticas», isto para que as mesmas «vendam o nosso território e os nossos produtos».
«MOTIVO DE HONRA»
Orgulhoso, David Teixeira afirma que «é um motivo de honra» abrir portas a esta atividade. Os motivos são vários, mas o que mais destaca é «a pré seleção» exigente que é feita para a realização deste tipo de percursos. Uma prova que «demos mais um passo na afirmação de Montalegre como turismo de excelência e qualidade», sublinha.
DESCOBERTA TARDIA
Padre Fontes, figura célebre do concelho, acha que «Barroso foi descoberto já um pouco tarde» por estas pessoas «que fazem tantos quilómetros nos seus carros de luxo». Ao visualizar a concentração de automóveis na área do castelo, o pároco comenta: «alguns dos veículos que aqui estão, certamente, têm mais idade do que eu». Encantado com o panorama visual, acredita que estes turistas «vieram até Montalegre seduzidos pelo nome da nossa região, pela população e tradições».
