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Incêndios - flagelo social

19 Outubro 2011
Com temperaturas que não se viam desde 1941 por esta altura do ano, o concelho de Montalegre tem sido fustigado por uma hecatombe de incêndios que têm colocado "olheiras" aos bombeiros do concelho e à população. Uma praga que aparece ano após ano e que, salvo uma ou outra exceção, morre solteira. As imagens que documentam esta notícia falam por si.
Por estes dias o concelho de Montalegre está envolto num manto negro. O céu faz cara feia com tanto lume fruto de incêndios que aparecem por todo o lado. Um quadro horrível que pede água urgente. Os bombeiros do concelho estão exaustos. O toque da sirene é constante como se depreende facilmente pelas palavras do comandante da corporação de Montalegre, David Teixeira: «ao fim de três semanas de 24 horas de combate, com mais de 50 bombeiros voluntários, com o prejuízo dos salários, com o prejuízo do trabalho, com prejuízo dos grandes custos de combustíveis, de alimentações, de acidentes, de rebentamento de pneus… somos confrontados com mais uma tarde de desespero e de fogo no nosso concelho. Isto é mais um dia de destruição, o concelho fica mais pobre… e hoje, pela primeira vez, tivemos o prejuízo de um armazém de um privado que sofreu as consequências».
 
MANCHA NEGRA
 
Em apenas uma tarde vimos drama em Gralhós, Barracão, Morgade e Gralhas. Aldeias, outrora verdes, agora pintadas a negro, ora mais espesso ora mais ao de leve consoante a distância. Algumas casas perigaram. A catástrofe humana só ainda não aconteceu à custa da bravura dos populares e dos "soldados da paz" que tudo têm feito para responder aos apelos.
No dia que decidimos avançar para esta reportagem, o diagnóstico era este: «até em volta do mosteiro de Pitões das Júnias…neste momento temos um incêndio em Pitões, Tourém, Vilaça, Gralhós, Padornelos, Gralhas, Fírvidas…agora estamos em Morgade… e vai em direção à aldeia».
 
TURISMO ESFAQUEADO
 
Para o comandante dos Bombeiros Voluntários de Montalegre o que se assiste no concelho, como em outras localidades, só acontece por fraca formação e falta de consciência social: «as pessoas têm que ter a noção que estão a destruir o património delas, a destruir a paisagem. Estão a por em causa o turismo desta região e não tenham dúvidas que o Gerês perdeu uma média de 60% do turismo que tinha o ano passado por terem queimado a serra». Sem parar, David Teixeira, continuou: «para o ano as pessoas que tenham a noção do prejuízo e da baixa que o turismo em Montalegre terá devido a esta politica de terra queimada. Ninguém vem ver estas ervas exóticas que são todas pretas. Não é assim que se faz desenvolvimento».
 
RESPONSABILIZAÇÃO
 
O panorama que se tem visto no concelho obriga a um reforço de sensibilização. Esventrado em termos paisagísticos, Montalegre pede agora que se apure culpados sob pena de mais um ano passar e nada suceder. David Teixeira é claro: «o fogo não pode ser utilizado como ajuste de contas de nada e o desabafo principal é que os bombeiros não podem ser responsabilizados pela dimensão e número de ignições brutais que estão a acontecer no concelho porque isso seria sempre querer tapar o sol com a peneira. É preciso responsabilizar as pessoas que chegam fogo, porque isto é destruir bem público e isso tem que ser pago, por alguém».
 
OUTUBRO A TORRAR
 
O Instituto de Meteorologia (IM) registou este mês temperaturas históricas em 11 estações de medição e uma temperatura média 4,4ºC acima do normal para esta época do ano. Nas contas do IM, algumas zonas de Portugal enfrentam um calor que não se via pelo menos há 70 anos. Nos 10 primeiros dias do mês a temperatura média no continente foi de 4,4ºC superior à média para o mesmo período.
Em seis pontos do país – Évora, Bragança, Montalegre, Mirandela e Guarda – o calor chegou a níveis nunca alcançados desde 1941, data em que começa a série de registos das estações meteorológicas nestas áreas. Refira-se que segundo o Instituto de Meteorologia, as temperaturas vão começar a baixar gradualmente a partir de agora. Porém, a chuva só deve surgir na próxima semana.
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