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Castanha - «O fruto dos frutos»
09 Novembro 2011

A poucos dias do São Martinho quisemos saber como o castanha é procurada no concelho de Montalegre. Produto de uma riqueza ancestral, a castanha sobrevive à crise apesar da comercialização pedir outro arrojo. Por estes dias, os castanheiros despertam e regalam os apreciadores com «o fruto dos frutos», palavras de Miguel Torga, escritor transmontano que, recorde-se, definiu o Barroso como o «reino maravilhoso». Dentro de uma bola de picos, o ouriço, cresce um alimento cobiçado pela culinária moderna com aproveitamento desde a pré-história. No Barroso a situação não foge à regra. Seja para consumo ou para venda, esta iguaria nutritiva é colhida em massa ano após ano.
A estação que antecede o Inverno carateriza-se, entre outras coisas, pelo São Martinho. Como não há memória de magusto sem castanhas, o proveito do castanheiro apropria-se da quadra festiva e enraíza-se como um costume. Numa outra perspetiva, pode ser encarado como um extra nos rendimentos e condimento nas refeições. Por todo o concelho de Montalegre há sinais de castanheiros, em maior ou menor quantidade. Nestes dias é possível ver pessoas a apanhar castanhas nos campos, para uso próprio e até comercialização do produto. Em certos casos a exportação é uma hipótese válida e rentável.
Neste propósito escolhemos ao calhas três freguesias do concelho: Vilar de Perdizes, Meixide e Solveira foram o "barómetro" desta reportagem a par da última "feira dos santos" realizada na vila de Montalegre.
Neste propósito escolhemos ao calhas três freguesias do concelho: Vilar de Perdizes, Meixide e Solveira foram o "barómetro" desta reportagem a par da última "feira dos santos" realizada na vila de Montalegre.
«OXALÁ FOSSE
DUAS VEZES NO ANO!»
DUAS VEZES NO ANO!»
Maria da Natividade nasceu e cresceu em Meixide. Olha para a colheita deste ano com um sorriso, sorriso este que podia ter outra dimensão se o produto tivesse produção redobrada: «não me posso queixar da colheita!», afirma com a convicção de quem sabe que os cobres justificam o tempo despendido. Porém, não se pense que a colheita é fácil. Se o Outubro foi abrasador, o Novembro tem mostrado um São Pedro de boca fechada. Dias de chuva intensa que têm que ser encarados com firmeza sob pena de se perder uma fonte de rendimento pode dizer-se segura. Por entre frases como «a maioria é para vender», esta barrosã confessa que «esta cultura só dá trabalho na apanha», uma vez que no resto do ano «não temos cuidados nenhuns com as árvores». Entusiasmada com a quantidade e qualidade, Maria da Natividade profere: «Oxalá fosse duas vezes no ano!».
«TODAS TÃO BOAS...»
Mais uns quilómetros percorridos e, à beira da estrada, encontramos Odete Coimbra e marido. Já perto do final da tarde o casal rumou a um dos terrenos do qual é proprietário para «mais um dia» de colheita. «Todos os anos temos vindo apanhar castanhas e este ano vimos também», explica orgulhosa a proprietária. No mesmo seguimento, acrescenta «são tantas e todas tão boas… tenho lá em casa para cima de mil quilos».
DE MONTALEGRE
PARA FRANÇA
PARA FRANÇA
Questionada sobre o destino do produto, Odete Coimbra conta que «grande parte é para vender». O comércio de castanhas não fica pelos limites da região, nem tão pouco do país. Com brio pela recolha, afirma que o negócio atravessa fronteiras e que vendeu «muito para França». Na mesma linha, a entrevistada assegura: «mais houvesse, mais iam!». Um sucesso concretizado «pela qualidade do produto» e pelo aspeto visual, afinal «os olhos também comem», exclama. De um modo geral «todas as castanhas que tenho apanhado são bonitas e grandes», mas há aquelas «que até nos fazem abrir a boca de tão grandes que são», remata.




























