Sidrós | 'Festa da Misarela' 2012

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Por mais um ano consecutivo, voltou a ocorrer a conhecida festa da ponte da Misarela. A aldeia de Sidrós, concelho de Montalegre, já acostumada a esta comemoração, acolheu os muitos visitantes que procuram a região atraídos pelo misticismo que envolve a afamada ponte. A chegada da noite foi o último condimento a ser reunido para que o espetáculo começasse.

 

 

Orlando Alves, vice presidente da Câmara Municipal de Montalegre, não faltou à festividade. No final, definiu a dramatização como «muito interessante», num local «que permite as encenações mais variadas». O público presente foi brindado com «a encenação das duas lendas, a “ponte do diabo” e a do culto da fecundidade ou da maternidade associado a esta ponte», acrescentou. Em ambos os casos, a dramatização «teve uma contextualização moderna, atual e diferente do que tem sido em anos anteriores». Estas diretivas «provam que há empenho, por parte da organização, em apresentar a cada ano, um figurino e formato diferentes», garantiu.

 

 

A festa da ponte da Misarela contou, este ano, com «um orçamento menor», desvendou Amadeu Dias, presidente da Junta de Freguesia de Ferral. Todavia, não foram os cortes no orçamento que «impediram que a festa fosse bonita na mesma e trouxesse muita gente à terra», assegurou. Houve uma «aposta maior no teatro» e uma «tentativa de adaptar a lendas à modernidade». O balanço «é muito positivo», afirmou.

 

 

O espetáculo que deu cor à noite na ponte da Misarela foi pensado e dirigido por Daniel Alves. Este, ator do Centro de Estudos de Barroso, Teatro e Tradições (CEBTT), focalizou a formação profissional na área da representação e é natural de Montalegre. Quando a organização lhe propôs este desafio, Daniel Alves decidiu «juntar uns amigos, atores, e construir algo a partir do texto original das lendas», partilhou. Questionado sobre ser o encenador da peça, o jovem recusou o título. Afirmou que «a construção foi coletiva e não individual». A peça foi «abordada pelo lado da comédia». Essa escolha ocorreu porque «gosto mais desse lado e foi por aí que preferi trabalhar», concluiu.