Pelo décimo ano consecutivo, o município de Montalegre marcou presença na Feira de
Nanterre, cidade que dista a escassos quilómetros de Paris. Falamos da XI Feira de Produtos Regionais Portugueses e da Ruralidade, onde ao longo de três dias houve uma forte promoção numa zona onde residem milhares de barrosões. Organizado pela ARCOP (Associação Recreativa e Cultural dos Oriundos de Portugal), no espaço Chevreul, o certame tem evoluído em crescendo, sendo um verdadeiro aglutinador de saudades.
«A PÁTRIA SÓ PODE SER AQUILO
QUE NÓS QUISERMOS QUE SEJA»
A chefiar a delegação de Montalegre esteve o presidente da Câmara Municipal que faz balanço positivo: «as coisas correram bem sob todos os pontos de vista. Comercialmente houve muito sucesso mas não é por aí que se mede o êxito desta iniciativa, porque o peso e o valor que ela tem consiste na oportunidade que é dada, pela organização, aos filhos da pátria se juntarem todos num espaço onde possam ter a oportunidade de terem os produtos das suas regiões e possam conviver com os autarcas». Orlando Alves aproveita para tecer elogios à comunidade emigrante radicada em França: «fomos à Feira de Nanterre, que já é clássica, para confraternizar, conviver e trabalhar com os emigrantes. Ninguém como os emigrantes sente o amor e o dever que têm em relação à pátria, porque a pátria só pode ser aquilo que nós quisermos que ela seja».
"MIMOS DA TERRA"
O presidente do município recorda que «houve entusiasmo e um grande acolhimento à delegação de Montalegre». É bom sentir, acentua, «que somos acarinhados e que as pessoas sentem a necessidade de conversar connosco e aproveitar para expor os problemas». Em síntese, Orlando Alves garantiu que a presença da Câmara de Montalegre em França «foi uma incursão meritória e que vai, obviamente, continuar». Todavia, concluiu, «seria bom é que houvesse mais dinâmica empresarial, com mais gente que se associasse a esta iniciativa para fazer chegar mais "mimos da terra" à comunidade da diáspora».
