XXVI Feira do Fumeiro inaugurada

«Esta será uma das maiores feiras. Fizemos uma excelente campanha publicitaria que trás sempre bons resultados. Temos, também, os nossos fãs incondicionais que fazem os planos para não faltarem a esta feira. É mais uma fantástica jornada de promoção do território. Será mais um fim-de-semana que vai ficar na memória. É um evento que envolve toda a comunidade com gente que dinamiza a economia e que trabalha para institucionalizar a marca Montalegre. É uma montra de excelência do mundo rural. Temos recursos ambientais e culturais fantásticos mas não temos capacidades para entrar no mercado global. Apesar disso, encaramos o futuro com esperança. Com tanto potencial, somos cada vez menos e não tivemos o reconhecimento de quem deveria perceber que o desenvolvimento das terras e das populações também se faz com as acessibilidades. Temos uma ponte que aguarda uma ligação à A24 porque é vital para o nosso desenvolvimento. Fomos injustiçados. Congratulamo-nos com as medidas anunciadas para o plano de coesão territorial anunciado pelo governo. Descentralizar competências não resolve tudo mas ajuda muito. Quero agradecer o trabalho e o esforço desenvolvidos. São âncoras para o nosso sucesso».

 

«É fundamental apostar em iniciativas como esta que aumenta o potencial de Montalegre e da região. É uma prioridade do governo apostar no interior e no seu potencial económico. São essenciais para o desenvolvimento do país. São terras de oportunidade. É necessário criar oportunidades e condições para a fixação de empresas, para a atração de médicos e para o acesso a uma educação de qualidade para que os valores ambientais sejam preservados e se transformem em fatores de desenvolvimento. Os valores locais, como o fumeiro, em torno do qual se estrutura esta feira, é uma afirmação de competitividade. Valer pela diferença e pelos produtos de qualidade que só aqui podemos encontrar. A cooperação transfronteiriça é importantíssima. Ser do interior não é uma fatalidade. O programa nacional de coesão territorial vai trazer ação e colocar o interior nos holofotes. A taxa de IRC para as empresas instaladas no interior é reduzida (12,5 %). A nossa prioridade são estas zonas. Vamos encontrar as melhores condições e priorizar estas zonas. Esta feira é o orgulho da vossa terra e os produtos são uma marca que vale por si. Vão construir o futuro com confiança no potencial desta região. A batalha demográfica é terrível mas queremos estabilizar esta tendência de longo curso. Queremos valorizar a relação com a vizinha Galiza e afirmar este potencial que contribui para a qualidade de vida de todos».

 

Lembrar que a Feira do Fumeiro de Montalegre, nasceu para escoar os produtos regionais e atrair turistas. A tradição mandava matar o porco e fazer os enchidos no mês de janeiro e essa prática tornou-se um acontecimento de extrema importância para a economia da região. Face a isto, é justo e até imperioso projetar o delicioso fumeiro transmontano a um nível nacional e até internacional. Este ritual – que envolve uma franja muito expressiva da população – contribui de forma decisiva para a valorização e promoção sustentada das Terras de Barroso, no contexto do Parque Nacional da Peneda-Gerês (Reserva da Biosfera Gerês/Xurés) de cuja afirmação o Município de Montalegre se tornou um verdadeiro porta-estandarte. A valorização do interior e o combate à desertificação passa pela valorização do território e dos seus recursos. Os recursos naturais são, em grande parte, propriedade privada isolada ou comum, tais como os baldios. Mesmo as propriedades de domínio público são geridas pelas entidades descentralizadas do território.

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