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«Se alguém está a falhar, são os outros!»

24 Abril 2012
António Nogueira, Presidente da Associação de Agricultores das Terras de Barroso e Alto Tâmega, garante que a instituição que preside «tem todos os serviços de que o agricultor necessita» e que «não apresenta problemas financeiros». Trunfos que colocam neste dirigente uma fé inabalável no futuro da agricultura do concelho de Montalegre. Todavia, este quadro feliz contrasta com a hipotética união que diz ser «impossível» com as outras associações concelhias.

 
GI CMM - Qual o ponto de situação da Associação de Agricultores das Terras de Barroso e Alto Tâmega (AATBAT)?
 
António Nogueira (AN) - Temos todos os serviços de que o agricultor precisa. Quem se dirigir à nossa associação, tem a sanidade animal garantida, tem um departamento comercial, faz a parte dos subsídios e dá-lhe a continuidade e apoio durante o ano inteiro. Auxilia em problemas que existam nos órgãos centrais, nomeadamente no IFAP (Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas). Tudo é resolvido na associação.
 
GI CMM - Vocês acabam de receber este apoio da Câmara de Montalegre. É suficiente? Você aqui reclamou ainda mais intervenção da autarquia...
 
AN - Isto é uma ajuda direta ao agricultor. O agricultor já pagou à associação. Entretanto vai receber aquilo que pagou. A associação em termos financeiros, neste momento, não tem problemas.
 
GI CMM - Há três associações no concelho divididas porque a OPP não existe em Montalegre. Porque não se unem e criam uma associação conjunta, mais forte, que seja mais reivindicativa?
 
AN - Nós somos pioneiros neste tipo de trabalho. Nós não fizemos isto quando o Sr. Eng.º José Justo começou em declive. Nós já vimos desde há cinco anos a fazer sanidade animal. Se alguém está a falhar são os outros, que tentaram ocupar um espaço, que já estava criado. Não é culpa nossa. Para além disso nós somos os mais representativos. Nós temos mais de 50 por cento dos animais e quando as pessoas tiverem dúvidas nós facultamos os mapas de campo, devidamente carimbados.
 
GI CMM - Notamos que não está muito confiante numa união...
 
AN - Penso que é quase impossível. A mim vieram-me fazer uma proposta que provavelmente é impensável. A sede da OPP, necessariamente, tem que ser em Montalegre. Até pelo lugar geográfico que tem Montalegre. Não vamos transferir a OPP para Cabril, ou Pitões ou Salto...
 
GI CMM - É apenas uma questão de localização ou há outros fatores que vos distinguem?
 
AN - Sim. Há outros fatores que nos distinguem. Nós temos uma forma de trabalhar que provavelmente as outras pessoas não têm. A nossa associação é uma associação aberta aos associados. Não é fechada. É uma associação em que os corpos diretivos, para além de serem agricultores, não têm ordenados, nem interesses absolutamente nenhuns. À partida somos diferentes...
«Se alguém está a falhar, são os outros!»