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Barroso - Voto de louvor na Assembleia da República
06 Maio 2018
A Assembleia da República aprovou, por unanimidade, um voto de congratulação pela distinção da região do Barroso como Património Agrícola Mundial. No texto apresentado pode ler-se que o órgão legislativo do Estado «saúda a região de Barroso pela distinção e todos os envolvidos no processo de candidatura». Para o presidente da Câmara de Montalegre, este reconhecimento «é uma honra».
VOTO DE CONGRATULAÇÃO N.º 527/XIII/3.ª
Pela classificação do Barroso como património agrícola mundial
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura
distinguiu a genuidade do território região do Barroso
com base na forma tradicional de trabalhar as terras,
de tratar do gado e na entreajuda dos seus habitantes.
O Barroso é assim o primeiro território português a integrar
o Sistema Importante do Património Agrícola Mundial
e um dos primeiros a ser aprovado na Europa,
num reconhecimento da genuidade dos costumes, dos produtos
e dos sistemas de agricultura tradicional desta região transmontana,
que possui caraterísticas notáveis ao nível da diversidade,
do saber tradicional, da biodiversidade, da paisagem,
do modelo socioeconómico e, sobretudo, de resiliência
face às alterações humanas, climáticas e ambientais.
A Assembleia da República, reunida em plenário, saúda a região de Barroso
pela distinção e todos os envolvidos no processo de candidatura.
Palácio de S. Bento, 20 de abril de 2018
Depois do anúncio oficial da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em declarar que a região do Barroso - engloba os municípios de Montalegre e Boticas - é património agrícola mundial e da posterior cerimónia de certificação, feita em Roma, na sede da FAO, onde houve reconhecimento público do sistema agro-silvo-pastoril do Barroso como Sistema Agrícola Tradicional de Importância Global (Globally Important Agricultural Heritage Systems – GIAHS), foi a vez da Assembleia da República aprovar um voto de congratulação, subscrito pelas várias bancadas parlamentares, à exceção do PAN (Pessoas–Animais–Natureza), e aprovado por unanimidade.
«MOMENTO SOLENE»
Para Orlando Alves, presidente da Câmara de Montalegre, foi «um momento solene e de uma grande honra». Uma atitude de «reconhecimento para com o mundo rural» que faz parte do sentido de «dever de quem está aos comandos da nação e que merece destaque em todo o país». O autarca acredita no «desenvolvimento e sustentabilidade da região» que «fixe pessoas», sendo este «o caminho que vai ter que continuar a ser percorrido».
«FEITO INÉDITO»
Francisco Rocha, deputado na Assembleia da República, eleito pelo círculo de Vila Real, destaca «o feito inédito que distingue todos os construtores da paisagem e do património agrícola do Barroso que é único, invulgar e raro». A casa onde reside o órgão máximo da democracia portuguesa está «orgulhosa», gesto motivador para que «nunca se perca essa identidade tão genuína e única».
PEDAÇOS DO PARAÍSO
Lembrar que esta certificação visa alertar para a importância de proteger os bens e serviços sociais, culturais, económicos e ambientais, promovendo uma abordagem que alia a agricultura sustentável ao desenvolvimento rural. Desde 2016, já foram certificados, como Sistemas Importantes do Património Agrícola Mundial, 14 novos lugares. Os lugares distinguidos a nível mundial são classificados como deslumbrantes e que transformaram as paisagens de cada país em autênticas obras de arte. Particularidades que valorizam e protegem não só o modo de vida das pessoas, mas também a produção sustentável de alimentos. Os 14 "pedaços do paraíso" designados de GIAHS são o Oásis de Siwa (Egipto); o Sistema agrícola das “Chinampas” na zona Património Mundial, Natural e Cultural da Humanidade de Xochimilco, Tláhuac e Milpa Alta (México); o Sistema composto “Zhagana” de agricultura, silvicultura e criação de animais (China); o Sistema de diques de amoras e lagos de peixes em Huzhou - Zhejiang (China); o Sistema tradicional de gestão de água para o cultivo sustentável de arroz, Osaki Kodo (Japão); o Sistema agrícola em encostas íngremes, de Nishi-Awa (Japão); o Sistema tradicional de produção de chá Hadong, em Hwagae-myeon (República da Coreia); o Sistema agrícola do Vale Salado de Añana (Espanha); o Sistema de produção de uvas passas em La Axarquía – Málaga (Espanha); o Sistema de irrigação com depósitos comunitários em cascata, em áreas secas (Sri Lanka); os Campos de arroz em plataforma, nas zonas montanhosas e com colinas do sul (China); o Sistema tradicional de amoreiras no antigo leito do rio Amarillo em Xiajin (China); o Cultivo tradicional de wasabi em Shizuoka (Japão) e o Sistema de agricultura, silvicultura e pastoreio do Barroso (Portugal).
Lembrar que esta certificação visa alertar para a importância de proteger os bens e serviços sociais, culturais, económicos e ambientais, promovendo uma abordagem que alia a agricultura sustentável ao desenvolvimento rural. Desde 2016, já foram certificados, como Sistemas Importantes do Património Agrícola Mundial, 14 novos lugares. Os lugares distinguidos a nível mundial são classificados como deslumbrantes e que transformaram as paisagens de cada país em autênticas obras de arte. Particularidades que valorizam e protegem não só o modo de vida das pessoas, mas também a produção sustentável de alimentos. Os 14 "pedaços do paraíso" designados de GIAHS são o Oásis de Siwa (Egipto); o Sistema agrícola das “Chinampas” na zona Património Mundial, Natural e Cultural da Humanidade de Xochimilco, Tláhuac e Milpa Alta (México); o Sistema composto “Zhagana” de agricultura, silvicultura e criação de animais (China); o Sistema de diques de amoras e lagos de peixes em Huzhou - Zhejiang (China); o Sistema tradicional de gestão de água para o cultivo sustentável de arroz, Osaki Kodo (Japão); o Sistema agrícola em encostas íngremes, de Nishi-Awa (Japão); o Sistema tradicional de produção de chá Hadong, em Hwagae-myeon (República da Coreia); o Sistema agrícola do Vale Salado de Añana (Espanha); o Sistema de produção de uvas passas em La Axarquía – Málaga (Espanha); o Sistema de irrigação com depósitos comunitários em cascata, em áreas secas (Sri Lanka); os Campos de arroz em plataforma, nas zonas montanhosas e com colinas do sul (China); o Sistema tradicional de amoreiras no antigo leito do rio Amarillo em Xiajin (China); o Cultivo tradicional de wasabi em Shizuoka (Japão) e o Sistema de agricultura, silvicultura e pastoreio do Barroso (Portugal).