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Erradicação da brucelose em debate

25 Setembro 2018

Decorreu numa das salas do pavilhão multiusos de Montalegre uma sessão de esclarecimento sobre os aspetos e resultados dos planos de erradicação da brucelose. O encontro serviu, também, para promover a discussão sobre as medidas a reforçar. Na região ainda ocorrem alguns casos e continua a ser uma das zoonoses de maior importância em Portugal e, especialmente, em Trás-os-Montes. Além da sua importância na saúde pública, a brucelose tem implicações socioeconómicas significativas relacionadas com a produção.

A brucelose é uma doença infeciosa, causada por bactérias do género brucella, que afeta, sobretudo, os bovinos e os pequenos ruminantes. Trás-os-Montes continua a ser uma das regiões onde ainda se registam alguns casos e a Direção Geral de Alimentação e Veterinária continua a promover o plano de erradicação. No ano transato foram identificados focos no concelho de Montalegre. A informação transmitida para orientação dos produtores é uma importante medida de combate.

«EMPENHO DOS AGRICULTORES»

David Teixeira, vice-presidente da Câmara Municipal de Montalegre, explicou que «o território foi muito afetado pela doença nos anos 90 e ao longo do tempo houve um grande esforço no combate». Na mesma linha, considera «que uma área classificada a nível mundial não pode permitir a permanência destas doenças que podem ser evitáveis e tratadas, através do trabalho individual e do empenho dos nossos agricultores».

«DESÍGNIO NACIONAL»

Iolanda Vaz, diretora dos serviços de proteção animal da Direção Geral de Alimentação e Veterinária, referiu que a brucelose «é uma doença que está a ser combatida há muitos anos e que tem impactos na saúde pública e na economia da exploração pecuária», daí que a sua irradicação seja «um desígnio nacional». Sobre a taxa de prevalência, a responsável afirmou que «na região transmontana, está situada nos sete por cento com tendência de diminuição de ano para ano». Se houver «o cumprimento das obrigações de cada elemento dos elementos que compõe a exploração pecuária, é possível a erradicação de uma das zonas mais afetadas desde o inicio e que chegou aos 40%». Sobre estas sessões, Iolanda Vaz acredita que uma «comunicação mais próxima é mais eficaz».

BRUCELOSE

Trata-se de uma doença que causa elevadas perdas económicas no setor da produção animal, resultantes da doença clínica, abortos, perdas neonatais, fertilidade reduzida, redução da produção leiteira, assistência veterinária, abates sanitários dos animais infetados e a sua substituição no efetivo. Adicionalmente, a doença é um impedimento ao livre-trânsito de animais e à sua exportação. Por forma a mitigar os impactos referidos, a maioria dos países tem procurado aplicar os recursos necessários para erradicar a brucelose nas populações de animais domésticos. Para esse propósito, foram desenvolvidos programas de controlo que utilizam dois métodos principais: a vacinação de animais jovens e adultos e o abate de animais expostos e infetados pelo agente. Em resultado dos programas de controlo e erradicação, vários países da União Europeia (UE) erradicaram a doença com sucesso das populações bovinas e de pequenos ruminantes. Em locais onde a doença ainda não foi eliminada dos ruminantes domésticos, ainda são reportados vários casos de brucelose humana por ano.

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