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Homenagem a Eugénia Neto

O município de Montalegre rendeu homenagem a mais um "filho da terra". Aconteceu no salão dos Paços do Concelho. Falamos da barrosã Maria Eugénia Neto que, entre outras curiosidades, foi casada com o antigo presidente angolano, Agostinho Neto. O presidente da autarquia, Orlando Alves, falou da homenageada como a "Mãe de Angola". Na calha está uma possível geminação entre Montalegre e a vila de Kaxicane, concelho de Icolo e Bengo, distrito de Luanda, terra natal do falecido marido, primeiro Presidente da República Popular de Angola.
TEM A PALAVRA
Orlando Alves | Presidente da Câmara de Montalegre
«Foi uma visita falada diversas vezes e muito vincada pelo barrosão António Chaves a quem estou grato pela colaboração. Foi uma ideia que, em conjunto, conseguimos materializar. Inicialmente estive um pouco cético à adesão, mas nunca quebrou o entusiasmo que sempre tivemos de desfrutarmos da presença da "mãe de Angola". O exemplo da mulher barrosã que sai daqui, que se fez por si própria e que ajudou a construir uma grande nação. Foi um pretexto para lhe tributarmos esta singela homenagem e que parece poder vir a desembocar numa geminação, que acabou de ser proposta. É um desafio que aceitamos com todo o gosto. Vamos implementá-lo em articulação com os serviços consulares e com a embaixada. É uma ilustre cidadã angolana a quem o Estado angolano tributa todas as honras, como é visível pelo acompanhamento dos representantes das instituições governamentais».
Eugénia Neto | Homenageada
«Foi um momento de muita felicidade. Estivemos em contacto com os barrosões. Revi a minha terra e muitos amigos e vizinhos da minha infância. Estou muito contente pelo acolhimento que tivemos. Esta terra tem uma paisagem muito bonita e onde é visível muito desenvolvimento. Propus uma geminação com a terra onde o meu marido nasceu. Acredito que será muito interessante».
Irene Neto | Filha da homenageada
«É um sentimento de grande alegria poder acompanhar a minha mãe e testemunhar o que ela nos ia contando sobre as suas vivências aqui. As suas memórias, as suas aflições e a falta que sentia da família».
Assunção Anes | Presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes
«Foi um momento importante porque a escritora veio à sua terra natal. Em primeira mão, a receção é da autarquia de Montalegre. Tivemos dois mentores associados da Academia de Letras, os barrosões António Chaves e Barroso da Fonte, que propuseram o nome de Eugénia Neto como sócia honorária da nossa instituição. Este era o momento para homenagear a escritora, a poetisa, a filha da terra e a mulher de armas que se manifestou ao longo dos anos. É a prova de que os barrosões e barrosãs têm uma atividade literária fundamental, levando o nome de Barroso e a da região de Trás-os-Montes a outras terras. Neste caso a Angola».
Ângelo Cristóvão | Vice-presidente da Academia Galega da Língua Portuguesa
«Foi um momento emocionante a que nós aderimos porque conhecemos Angola e Agostinho Neto, ainda dos tempos da luta de libertação nacional. Acompanhamos o processo cultural e político de Angola. A nossa academia é herdeira de uma tradição que reconhece a vontade de independência e autonomia cultural de Angola. Também queremos fazer parte do espaço lusófono».
Maria Eugénia Neto nasceu em 1934, em Montalegre e cresceu em Lisboa. Estudou desenho e línguas estrangeiras e participou nos coros do Conservatório Nacional Português. Publicou os seus primeiros poemas e artigos na imprensa portuguesa. Em 1948, num círculo de intelectuais africanos, conhece Agostinho Neto, com quem viria a casar-se 10 anos depois. Durante a luta armada de libertação nacional, prestou um valioso contributo à cultura pela divulgação de poesia em programas de rádio e publicação de artigos e poemas em jornais no estrangeiro. Chegada a Angola, foi diretora do Boletim da Organização da Mulher Angolana, que era traduzido em francês e inglês. Publicou, entre outros títulos: «...E nas florestas os bichos falaram» (conto/1977), livro que mereceu o Prémio de Honra da comissão cultural da então RDA e o de exposição no certame «Os mais belos livros do mundo», realizada em Leipzig, «Foi esperança e foi certeza» (poemas, Luanda 1976 - 1.ª edição, Luanda, 1985 - 2.ª edição), «O soar dos kissanges» (Luanda, 2000). A autora encontra-se traduzida em diversas línguas. Eugénia Neto é sócia honorária da Academia de Letras de Trás-os-Montes desde o dia 25 de fevereiro de 2017.
MONTALEGRE - Homenagem a Eugénia Neto | Presidente da Câmara - Discurso

























