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Montalegre | Palestra - Vespa velutina (Asiática)

28 Agosto 2019

Chegou ao fim, em Montalegre, o ciclo de sessões de esclarecimento que visaram combater a denominada Vespa Velutina, mais conhecida por "vespa asiática". Uma aposta iniciada em Fafião, passou por Salto e que terminou na sede do concelho. Falamos de uma iniciativa promovida pela Câmara de Montalegre, através do Gabinete Técnico Florestal (GTF). Esta última palestra foi aberta pelo vice-presidente da autarquia, David Teixeira, e coordenada pelo técnico José Luís Tavares. Recorde-se que tendo em conta o elevado risco ecológico que representa para a saúde pública e economia local, o município de Montalegre elaborou um plano municipal de combate à vespa velutina. Esta ação contemplou, como medida primária, a implementação de uma rede de 200 armadilhas dispersas por todas as localidades do concelho, entre os inícios dos meses de março e meados de junho, período em que estas vespas saem da sua hibernação.


CONTEXTUALIZAÇÃO

Sendo um predador agressivo de insetos (um exemplar pode matar mais de 30 abelhas por minuto), o principal impacto desta espécie reflete-se na apicultura, com destruição de colmeias, e no efeito indireto para a produção agrícola. Quando perturbada, a vespa velutina pode representar um risco para as pessoas, devido à sua picada. Perante uma ameaça ou vibração no ninho, reage de forma bastante agressiva, podendo o grupo perseguir a fonte da ameaça durante cerca de 500 metros. A vespa velutina não é fonte de transmissão de nenhuma doença das abelhas, sendo a destruição dos seus ninhos o melhor método de limitar localmente o impacto das mesmas sobre abelhas, outros insetos e eventualmente pessoas, apoiado pela colocação de armadilhas perto dos apiários. O controlo da vespa é uma necessidade urgente. 

IDENTIFICAÇÃO

VESPA De grandes dimensões (podem atingir 3cm), têm a cabeça preta com face laranja/amarelada. O corpo é castanho escuro ou preto aveludado, delimitado por uma faixa fina amarela e um único segmento abdominal amarelado.
NINHOS Podem atingir um metro de altura e 80 cm de diâmetro. Têm forma de pera ou esférica. A entrada e saída dos ninhos é feita por um orifício lateral. Há casos em que os ninhos assumem forma e localização diversa, escondidos no solo ou nos beirados de habitações.

O QUE SE DEVE FAZER?

Se suspeitar da presença da vespa asiática, tiver visto um ninho ou um conjunto de abelhas, registe essa informação no site www.sosvespa.pt Desta forma, a situação será reportada a todos os agentes de proteção civil e do ambiente de modo a gerirem, da melhor forma, as intervenções a realizar. Poderá também acompanhar toda a evolução dos trabalhos realizados. Se, no local, encontrar uma fita do Serviço Municipal de Proteção Civil, é sinal de que o ninho já está a ser intervencionado e se encontra em monitorização, sendo removido entre 42 a 72 horas. Pode ainda contactar o SEPNA - Guarda Nacional Republicana ([email protected]). Caso não tenha acesso à Internet, entre em contacto com a Linha SOS Ambiente (800 200 520) ou com o Serviço Municipal de Proteção Civil de Montalegre (276 510 200). A destruição de ninhos por técnicos habilitados é o melhor método para limitar a sua dispersão. Não deve, em qualquer circunstância, usar armas de fogo ou destruir parcialmente o ninho, pois existe o risco de disseminar as vespas que constroem novos ninhos. Pode, ainda, fazer armadilhas de captura, que se revelam um meio eficaz no combate a esta praga. De fabrico fácil, basta reutilizar três garrafas de 1.5l de plástico e colocar um atrativo com: 50 ml Vinho Branco; 50 ml de Groselha; 50 ml de Cerveja preta. A partir de maio, substituir a groselha por carne ou peixe cru, preferencialmente fígado, visto as vespas procurarem proteína.

CICLO BIOLÓGICO

A vespa velutina é uma espécie diurna, com um ciclo biológico anual, que apresenta a sua máxima atividade durante o Verão, quando atacam em massa as colmeias. Durante o Inverno as rainhas fundadoras já fecundadas hibernam fora do ninho, principalmente em árvores, rochas ou no solo. Em fevereiro e março, as rainhas que sobreviveram ao Inverno abandonam o local de hibernação para fundar a sua própria colónia (pelo que são designadas de fundadoras), procurando locais com água abundante e comida fácil perto de aglomerados populacionais. Até maio procuram locais com árvores em flor, locais esses frequentados por abelhas. Inicia-se a postura e nascem as obreiras dos ovos fecundados e então mudam-se para um segundo ninho (ninho secundário) construído em locais de grande altitude (10 metros ou mais), sendo responsáveis pela alimentação das novas larvas, bem como da rainha. Com a saída das obreiras, o crescimento do ninho e da colónia é exponencial. É entre junho e setembro que se regista maior pressão de predação, associada ao crescimento dos ninhos, pela procura de proteína, resultando assim no ataque a abelhas e outros insetos, verificando-se no crescimento da colónia no verão e outono está associado a ataques a apiários da abelha europeia (Apis mellifera). A duração da vida média das obreiras é variável em função das temperaturas e pode ser entre 30 e 55 dias, semelhante ao da vespa europeia (vespa crabro). A rainha tem uma longevidade de cerca de um ano. As obreiras têm um tamanho ligeiramente superior a 2,5 cm e os zangãos porém podem atingir facilmente os 3 cm.

PALESTRAS EFETUADAS
Fafião
Salto

TEMÁTICAS
- Identificação da espécie (caraterização e ciclo de vida)
- Distribuição no concelho de Montalegre
- Estratégias de combate (captura de vespas e eliminação e ninhos)

CONCELHO DE MONTALEGRE | "VESPA ASIÁTICA" - APRESENTAÇÃO

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