'Para Cá do Marão' apresentado no Auditório Municipal

SINOPSE 
Em Trás-os-Montes “há nove meses de Inverno e três de Inferno”. João, um homem marcado pelos rigores da Natureza, vai encontrar-se numa disputa com Ernesto, um Galego chegado recentemente à sua terra. Baseado em histórias reais, Para Cá do Marão mostra como a defesa da honra de um homem pode levar ao ato mais violento.

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Na aldeia de Gralhas, Montalegre, onde os costumes, a tradição e a honra são sagrados, o roubo da água de um lameiro tem um desfecho trágico.

A curta-metragem "Para Cá do Marão", apoiada pelo município de Montalegre, contou com o financiamento do ICA - instituto do Cinema e do Audiovisual, obtido no concurso de apoio às curtas-metragens de ficção. A RTP promoveu à divulgação do trabalho. A película, com argumento e realização de José Mazeda, narra uma história de roubo de água dos lameiros, bem típica do passado barrosão. O valor da honra ganha relevo numa narrativa que juntou nomes consagrados do cinema português como João Lagarto, Vítor Norte e Adriano Carvalho. Grande parte das gravações ocorreu na freguesia de Gralhas, facto que deixou um forte entusiasmo nos locais. Dizer ainda que muitos populares desta aldeia do concelho de Montalegre fizeram parte do elenco.

TEM A PALAVRA

David Teixeira | Vice-presidente da Câmara de Montalegre
«A aldeia de Gralhas teve aqui um momento de orgulho, uma representação do melhor que Barroso tem feito. O realizador está de parabéns! Conseguiu cruzar os atores profissionais com a população simples que não ficou a dever nada. O tema e a forma de representar a identidade barrosã saem reforçados. Foi uma boa forma de fazer cultura e divulgar a região. Todo o concelho de Montalegre sentiu orgulho. É um orgulho este amor à terra, em defender aquilo que é nosso. Engrandeceu o ser barrosão.»

José Mazeda | Realizador
«Foi indispensável fazer esta apresentação porque as pessoas envolvidas foram incansáveis em ajudar. Foi uma grande experiência para a aldeia de Gralhas. Puderam estar de perto com grandes atores como o João Lagarto e o Vítor Norte. Foi muito divertido. A terra fica registada numa época intemporal porque não quis datar o filme. A honra do transmontano é no passado e é no presente. Hoje o valor da honra é quase vergonhoso. A honra está pelas ruas da amargura. Quase ninguém liga ao sentimento de honra. O vestuário é quase uma máfia católica, todos tementes a Deus. É gente da melhor. Esta terra viveu dos lameiros e dos animais. O mau é galego, não é português. Foi gratificante ver esta sala cheia. Espero que tenham gostado. É evidente que nada está perfeito. Isto foi filmado em muito pouco tempo. 20 minutos para três dias e meio é uma loucura. Foi extremamente difícil, mas penso que as pessoas gostaram.»

Filme | Para Cá do Marão (Cartaz Oficial)

PARA CÁ DO MARÃO - TRAILER