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'Histórias da Montanha' | Série rodada no concelho
04 Maio 2022
Está a decorrer no concelho de Montalegre mais uma produção cinematográfica que retrata o Portugal dos anos 30. Desta vez - com produção Fado Filmes - está a ser rodada uma série de quatro episódios para a RTP onde serão feitas adaptações de cinco contos de Miguel Torga: "O Leproso"; "Mariana | A Paga"; "O Alma grande" e "A Maria Lionça". "Histórias da Montanha" tem realização do consagrado Luís Galvão Teles. Estivemos em Frades do Rio a acompanhar parte de um dia de rodagem que contou com a presença do vice-presidente do município de Montalegre, David Teixeira. As gravações no concelho terminam dia 13.
“A intimidade desta vida de aldeia é um espetáculo ao mesmo tempo
repugnante e maravilhoso. Estrume da cabeça aos pés. Entre o porco e o
dono não há destrinça. Mas, ao cabo, esta animalidade toda, de tão
natural, acaba por ser pura e limpa como a bosta de boi.”
Miguel Torga, diário (1936)
O posicionamento de Histórias da Montanha pretende ser o reflexo do sentido das palavras supracitadas, uma recriação fidedigna do universo e imaginário de Miguel Torga. Uma série de quatro episódios para a RTP onde serão feitas adaptações de cinco contos de Miguel Torga: "O Leproso"; "Mariana | A Paga"; "O Alma grande" e "A Maria Lionça". Os conflitos individualizados em cada conto são as linhas de ação dramática da estória que se propõe recriar o universo e imaginário torguiano e caraterizar uma época e o perfil psicográfico do seu povo: a sua dureza, irracionalidade, abnegação e grandeza.
PERSONAGENS PRINCIPAIS
Julião - Fica leproso, começa a ser evitado cruelmente por todos, que diziam que o mal de Julião se pegava. Julião, mais do que discriminado, passa a ser condenado pelos amigos e todos os moradores da aldeia que o acham uma coisa imunda, repelente e contagiosa. Expulso da Aldeia uma mudança começa a operar-se em Julião. Quanto mais a doença progride, mais vontade de viver ele sente. Considera-se injustiçado pelos moradores da aldeia, que fogem dele como um “cão danado”. Acha-se vítima de uma fatalidade, já que não sente culpado por ser portador da doença. A procura de uma solução milagrosa de cura e suas consequências estimulará o ódio profundo e cego da população que já o ostracizava com consequências nefastas e malditas.
Tio Alma Grande - Num clã de cristãos-novos que continuam a professar secretamente o judaísmo, o Tio Alma-Grande é o eleito para exercer uma peculiar função, evitar que na hora da morte e em confissão ao padre cristão o moribundo traia a comunidade confessando o segredo pondo em perigo a sua sobrevivência, procede-se ao ritual do abafamento do moribundo. O desejo de vingança por parte de um sobrevivente, Isaac, o seu confronto com a mulher Lia, o sentimento de medo (até então inexistente) que passa a provocar no Abafador que é obrigado a encarrar os seus próprios demónios, e Abel o inocente filho de Isaac que procura resposta para o entendimento do que se passou construem uma linha de conflito cujos vértices são a vingança, o medo, a angústia e a inocência, estando a morte sempre presente.
Arlindo - A sua promiscuidade sexual que o impele à sedução e abandono sucessivo de várias mulheres, deixando-as, de acordo com a moral e ética comunitárias, “desgraçadas” e “desonradas” despoletará a aplicação de códigos de honra e de vingança que eram o fundamento de uma justiça que se administrava à margem dos tribunais. O destino de Arlindo ditará igualmente o destino de quatro mulheres: Matilde (a última presa que se revela fatal), Arminda (uma das desonradas), Inês (irmã de Rodrigo, o melhor amigo de Arlindo, e amante secreta deste) e Lúcia (jovem viúva e melhor amiga de Matilde). E ditará igualmente o destino de 4 homens: Rodrigo, os dois irmãos de Matilde, regressados do Brasil para resgatar a sua honra perdida a pedido do pai, o velho Justo.
Velho Garrinchas - Com o seu bordão e a sua sacola a tiracolo simboliza a tolerância construída ao longo de uma vida de adversidades, o seu comportamento face ao escorraçado Julião e a sua aceitação com serenidade e sem rancores do seu destino são disso evidências, a vida errante de pedinte é dura. Sempre amou Maria Lionça mas esse sentimento permaneceu secreto, não teve coragem de demonstrá-lo.
Maria Lionça - Aceita com dignidade o seu destino. O marido emigrou em busca de melhores condições e regressa velho e doente; o filho persegue o inconformismo
do pai e parte perseguindo o vazio, deixando à Maria Lionça apenas a miséria e a dignidade da dor, e o respeito de todos pela forma como aceita o seu destino. É o espírito de sacrifício, a sua generosidade, a sua própria resignação diante da dor e da fatalidade da vida que transformam a sua vida num mito e numa heroína perante os seus conterrâneos, a admiração da comunidade e a sua reação ao ver Maria Lionça chegar a Loivos a pé transportando o cadáver do filho nos braços fará com que Maria passe ela própria a ser o reflexo da Montanha porque a Montanha é o espelho do seu povo.
Mariana - Mulher simples que segue os seus desejos e relaciona-se com diversos homens, não se importa com essa atitude, e sem se importar, igualmente, com a opinião dos outros. Apenas obedece ao seu instinto e ao seu destino de mulher e mãe. Sem família, erra pela serra, entre as aldeias, pede esmola, trabalha quando este aparece, enquanto o seu rebanho de filhos aumenta de ano para ano. Mariana é uma mãe generosa, protetora, defende o seu rebanho como uma leoa e em troca tem o amor incondicional dos filhos. Num contexto de miséria extrema da condição humana, a afetividade de Mariana e dos seus filhos é o contraste ideal com a hipocrisia com que é olhada e julgada pela comunidade onde, dissimulados, se encontram os pais dos seus filhos. A mais recente gestação de Mariana provocará desmaios nas beatas da paróquia.
Padre João - Fiel depositário dos segredos do seu rebanho com todas as vicissitudes, sapiência, e amargos de boca desta sua inerência. Coadjuvado pelo jovem acólito de 17 anos, o padre carrega na alma o segredo de um pecado antigo.