Passar para o Conteúdo Principal Top
Câmara Municipal de Montalegre
Hoje
Hoje
Máx C
Mín C
Amanhã
Amanhã
Máx C
Mín C
Depois
Depois
Máx C
Mín C

Alto Tâmega e Barroso unido pela nossa saúde

28 Outubro 2023

Montalegre marcou presença, em frente à Unidade Hospitalar de Chaves, na vigília de protesto promovida pela Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso. A base desta ação esteve no facto de a partir do próximo dia 1 de novembro, o Serviço de Urgência Pediátrica e a Urgência Médico-cirúrgica, bem como o Serviço de Internamento de Ortopedia da Unidade Hospitalar de Chaves estarem sob ameaça iminente de encerramento.


Foram cerca de dois milhares de pessoas, provenientes dos seis municípios do território – Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar –, que marcaram presença neste protesto para dar voz aos mais de 84 mil habitantes da região. Esta mobilização ocorreu após as diversas interações com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro – EPE ocorridas nas últimas semanas, onde foi possível constatar o elevado risco de encerramento, a partir desta quarta-feira, dia 1 de novembro, do Serviço de Urgência Pediátrica e da Urgência Médico-cirúrgica no seu conjunto, bem como do Serviço de Internamento de Ortopedia da Unidade Hospitalar de Chaves.
Cada município teve como porta-voz o respetivo Presidente – Fernando Queiroga (Boticas), Nuno Vaz (Chaves), Fátima Fernandes (Montalegre), João Noronha (Ribeira de Pena), Amílcar Almeida (Valpaços) e Alberto Machado (Vila Pouca de Aguiar e CIMAT) – e a opinião destes foi unanime: as questões partidárias devem ficar de parte quando se trata da defesa da Saúde do seu povo, estando estes unidos em prol da região e falando os seis a uma só voz.

MAIS DE 80 MIL HABITANTES

O número de habitantes (84.248), a dimensão do território (2.922 km2), a fraca qualidade dos acessos, bem como o facto de ser uma região pautada por uma população envelhecida e com poucos recursos, foram as principais preocupações referidas pelos seis autarcas. Estes recusam-se a aceitar a solução apresentada que é a de centralizar os serviços acima referidos na Unidade Hospitalar de Vila Real, uma vez que as localidades mais distantes encontram-se a cerca de 150 km da sede de distrito, o que, em casos de urgência, poderá ser fatal para os utentes, acrescentando, ainda, o facto de, principalmente nesta época de inverno, poder gerar um grande congestionamento nos serviços desta Unidade Hospitalar, podendo resultar num tempo de espera superior ao já existente e em falta de camas, levando a que os utentes tenham de ser transferidos para unidades hospitalares mais distantes. De salientar que a revolta dos autarcas é direcionada para as medidas tomadas pelo Governo e não para com os profissionais de saúde, tendo sido manifestada a solidariedade para com estes.
A esta luta juntaram-se também outras pessoas que, na impossibilidade de estarem presentes, acompanharam este protesto através das redes socias, nomeadamente, a comunidade emigrante que se mostra preocupada com o facto de alguns dos seus familiares residentes na região serem pessoas com uma idade já avançada, muitos deles com problemas de saúde e, ainda, sem possibilidades de se deslocarem a outro hospital.
Este foi apenas o primeiro de muitos momentos que se poderão seguir, caso o encerramento destes serviços venha mesmo a acontecer, tendo os autarcas lançado o apelo à população para que se continue a mobilizar por esta causa, indo, caso seja necessário, até à sede do Ministério da Saúde, em Lisboa.

2
1
3