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- "Vespa do Castanheiro" - Esclarecimento
'Vespa do Castanheiro' - Esclarecimento
12 Maio 2015
O Município de Montalegre, em parceria com a REFCAST (Associação Portuguesa da Castanha), promoveu na sede do Ecomuseu de Barroso, Montalegre, uma sessão de esclarecimento sobre a “Vespa-das-Galhas-do-Castanheiro”. O encontro reuniu representantes das juntas de freguesia e agricultores do concelho.
A vespa-das-galhas-do-castanheiro, nome vulgar por que é conhecida a espécie Dryocosmus kuriphilus, originária na China, é considerada uma das pragas mais prejudiciais para a cultura do castanheiro, causando a formação de galhas nos gomos e nas folhas. Provoca, deste modo, a diminuição do crescimento dos ramos e impede a frutificação. Em situações de infestações graves, pode conduzir ao declínio e morte dos castanheiros e, por arrasto, a perdas importantes na produção de castanha. Foi inicialmente detetada na zona de Barcelos e rapidamente se alastrou, sendo já encontrada em soutos da região transmontana. Apresenta uma rápida disseminação e, por isso, devido ao seu ciclo biológico, importou alertar os agricultores para a necessidade urgente da sua deteção e célere intervenção. Atento às explicações técnicas, feitas nas instalações do Ecomuseu de Barroso, esteve o presidente da Câmara Municipal de Montalegre que afirmou estarmos perante «mais uma praga instalada» que provoca «prejuízos e que exige informação e agilidade».
«EVITAR COMPRA DE PLANTAS NO ESTRANGEIRO»
Durante o mês de maio devem ser realizadas inspeções aos soutos de forma a detetar possíveis infestações. Orlando Alves aconselhou os agricultores «a verificarem se existem situações anómalas nos novos rebentos». O autarca sublinhou ainda a importância de «não comprarem plantas no estrangeiro porque podem já vir infetadas». A produção de castanha, lembrou, «representa 100 milhões de euros por ano no Produto Interno Bruto (PIB) do país, um valor bastante significativo».
«BRIGADAS DE VISTORIA»
Esta ação de divulgação contou com as explicações de Cândido Henriques, coordenador técnico da REFCAST, que frisou a importância de «os presidentes das juntas de freguesia do concelho procederem à formação de brigadas, constituídas por três ou quatro elementos, de forma a fazerem vistorias aos soutos». Na mesma linha, referiu que devem verificar «especialmente as plantações mais recentes, retirar as galhas afetadas, colocá-las num saco e de seguida queimá-las». Este problema pode afetar a produção de castanha em cerca de 70%. Em nota de rodapé, dizer que esta praga é originária da China, tendo iniciado a sua dispersão mundial, primeiro na Ásia (Japão, Coreia e Nepal) e, posteriormente, na América do Norte (Estados Unidos da América) e na Europa, com a primeira deteção referenciada em Itália em 2002 e, posteriormente, em França, Eslovénia, República Checa, Hungria, Croácia, Espanha (Catalunha, Andaluzia e Castela-Leão) e, mais recentemente, em Portugal (junho - 2014) e na Alemanha.