Primeira reunião do executivo em formato digital

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Os membros do executivo municipal de Montalegre reuniram, pela primeira vez, sem a tradicional documentação em papel. Em vez disso, foi criada uma plataforma de envio, em formato digital, indo ao encontro de uma promessa eleitoral da completa desmaterialização administrativa que deverá estar implementada até finais de 2014. O presidente do município refere que estamos perante «uma aposta higiénica» que confere uma «maior eficácia» e «modernidade» aos serviços camarários: «estamos na era digital e temos que assumir posturas consequentes. Temos que começar a trabalhar sem papel e ao fim do ano vamos ter ganhos muito significativos».

 

 

Neste contexto, Orlando Alves informou: «basta referir que aquilo que estimamos, só para as reuniões da Câmara Municipal, sendo duas por mês, 24 por ano, é de um ganho superior a três mil euros. É dinheiro que vamos poupar e canalizar, por exemplo, para a intervenção social onde há situações deveras aflitivas. Ao fim do ano dá muitas toneladas de papel, são muitas árvores que vamos poupar». Entusiasmado, reforçou: «a nossa determinação é esta, o nosso propósito foi devidamente sufragado e amplamente noticiado. Está na hora de darmos o pontapé de saída para um propósito que só tem êxito se for agarrado por toda a gente. Estou convencido que da parte dos funcionários, a abertura para esta adaptação é total».

 

 

Em breve este desafio vai passar para a Assembleia Municipal. Com 51 deputados, a missão adivinha-se mais complicada mas não impossível, como faz questão de vincar o presidente da Câmara de Montalegre: «vamos ter que começar a pensar em alargar este serviço à Assembleia Municipal. A maior parte dos senhores deputados têm já instalados, na casa de cada um deles, um computador, portanto, vai ser fácil canalizar informação para eles ficando uma réstia de incumprimento naqueles que ainda não têm abertura para este tipo de procedimentos».

 

 

«Este exemplo que é dado nas reuniões de Câmara é apenas o primeiro passo de um conjunto de alterações que iremos levar a cabo nesta senda da desmaterialização das comunicações e da informação interna. Queremos chegar, também, ao próprio munícipe. Neste momento, todos os vereadores já têm toda a informação em forma digital. O segundo passo serão os membros da Assembleia Municipal. Durante o próximo ano acredito que vamos conseguir chegar ao "gabinete único" que foi um dos pontos do discurso do senhor Presidente na sua tomada de posse».

 

«É uma ideia que já devia ter sido implementada há muito tempo. Já no passado tentámos implementar esta solução. Alguns vereadores sempre receberam as convocatórias e toda a documentação pela via digital, mas ainda há aqui um espectro burocrático que tem que se cumprir. Nos tempos atuais é uma obrigação, quer do ponto de vista ambiental quer económico. São menos umas árvores que se sacrificam. Temos acesso, na mesma, à informação e representa uma poupança significativa para a autarquia».

 

«Acho uma ideia muito interessante. A nível pessoal, até é uma maneira mais fácil de ler a documentação».

 

«É uma mais valia para o município. Reduz-se os custos a nível administrativo e a informação é disponibilizada aos vereadores de forma atempada. É uma boa iniciativa, é de salutar».

 

«A solução digital é uma solução ótima. É uma ideia que foi pensada há vários tempos. Penso que o concelho de Boticas já fez isto. Em boa hora veio esta decisão, não só porque facilita o nosso trabalho mas também pela componente de poupança. Era papel a mais. A autarquia, neste sentido, está de parabéns!».