Depois do sucesso do ano inaugural, Montalegre recebeu mais uma edição do evento "Património Enogastronómico". Uma iniciativa que celebrou a gastronomia portuguesa em todas as suas vertentes, levando até Montalegre desde Confrarias Gastronómicas, Chefs, Investigadores, Produtores, Empresas transformadoras, Administração Pública, e muitos outros atores da gastronomia portuguesa. Todo o programa do evento - organizado pela Associação Património Enogastronómico, Cultura e Tradição (PECT) em coorganização com o Município de Montalegre - foi aberto ao público em geral. As propostas passaram, entre outras, por conhecer os stands dos expositores, ouvir as várias palestras sobre gastronomia portuguesa, fazer provas sensoriais de águas, de bacalhaus, de chocolates, de azeites ou de batatas e assistir aos showcookings. O dia inaugural ficou marcado pelo contrato assinado entre o município de Montalegre e a organização do evento que torna a capital do Barroso como sede oficial deste certame.
A segunda edição do "Património Enogastronómico" apresentou novidades sobre os espaços de alimentação: os visitantes puderam decidir petiscar na Praça de Alimentação das Confrarias ou reservar a sua refeição no restaurante coletivo do evento e naquela que foi a novidade desta edição – o restaurante Premium, com um elenco de chefs experientes e, alguns deles, com um historial Michelin (ambos os restaurantes estiveram sujeitos a marcação prévia obrigatória através do website do evento www.pect.pt
CELEBRAÇÃO DA IDENTIDADE
Para a presidente da Câmara de Montalegre, este evento representa a «celebração da identidade e da cultura nesta terra que é Património Agrícola Mundial, solar da raça barrosã, e que tem como bandeira, entre outros produtos, como o fumeiro, a batata, ouro branco do Barroso». Fátima Fernandes salientou que «as confrarias são comunidade e fazem comunidade». A reboque, acrescentou: «o saber gastronómico é fruto de muitas e ricas experiências multisseculares, um saber feito de experiências e comportamentos que não se podem adulterar. Ser gourmet é utilizar os produtos de excelência, incrementando os sabores, conjugados com uma apresentação moderna e apelativa. E as confrarias gastronómicas dão voz e imagem a tantos produtos endógenos e a tantos modos de fazer e ser, valorizando-os, e sendo fator de grande relevância não só no desenvolvimento económico e social, com o evidente incremento do turismo, mas sobretudo na valorização de cada território, da identidade e cultura das diferentes comunidades».
HINO AO SABER FAZER
A autarca disse ainda que os três dias do evento foram «um hino ao que de melhor se faz no nosso país e além-mar (...) tivemos entre nós a Confraria de São Tomé e Príncipe a quem saúdo com um abraço fraterno, e ainda um exemplo de ensinamento e partilha, o que retrata bem esta irmandade que pugna pela defesa intransigente do que é local, genuíno e diferenciador».
