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Câmara Municipal de Montalegre
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Vila da Ponte

Sendo uma das freguesias barrosãs com menos área distribuída é, porém a mais produtiva por metro quadrado de terreno.

Por outro lado, a povoação sede ainda é uma das mais populosas, pois aparece em oitavo lugar (ao lado de Solveira) no conjunto dos 135 povoados do concelho. Tal indicação (ao lado de outros indicadores bem significativos) deve servir como aviso aos poderes vigentes no sentido de providenciarem uma distribuição mais equitativa dos benefícios às populações. É a única freguesia que não tem acesso à outra povoação!

Das glórias de que sempre gozou (sem que alguma vez tivesse pretendido obstruir as legítimas capitalidades – honras, coutos e sede concelhia) todas lhe vão sendo injustamente sonegadas com evidentes malefícios para uma população ordeira e esclarecida! Orgulha-se das suas villae, disseminadas ao longo do ubérrimo vale e várzeas e bem testemunhadas em documentos medievais e na toponímia vigorante; dos seus castros estrategicamente colocados sobre linhas de água que entram no Regavão; dos seus monumentos funerários (tipo/cistas, achados em dois outeiros, Donim e Gorgolão, sobre os quais corriam lendas cheias de encanto; do seu outeiro (altarium) onde os mais remotos indígenas ergueram altar para adorar os seus deuses e sobre o qual, ao lado do Paço (que hoje é o cemitério local) edificaram o seu oratório ou basílica, que é agora a igreja; da sua velhíssima ponte que unia os vales marginais e que, durante séculos, foi a única passagem invernal para as povoações de entre-os-rios. Por falarmos do rio lembramos que devemos continuar a dizer Regavão.

Com v ou com b, não importa visto que não tratamos de modismos. Mas era assim sempre que o povo dizia! E dizia bem como sempre! Ora, o mais antigo documento conhecido até hoje chama-lhe Regavam (1258)! Que nós saibamos é o único rio transmontano que se pode gabar de ter uma monografia publicada em letra de forma, da autoria do Prof. da Universidade de Coimbra, Raul Miranda, em 1938.