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- Montalegre para o Haiti
Montalegre para o Haiti
29 Janeiro 2010
A catástrofe natural que assolou o povo haitiano não ficou indiferente a nenhum ser humano e os alunos do agrupamento de escolas de Montalegre não foram excepção. A violência e o sensacionalismo com que as imagens foram e são transmitidas, pelos media, perturbaram alguns deles e desencadearam a vontade de ajudar. Com a supervisão da professora Fernanda Barros, alunos do quinto e sétimo anos arregaçaram as mangas numa série de actividades (venda de rifas, gomas, quadros e postais), com o objectivo de angariar fundos para apoiar o Haiti. A exposição de quadros, para venda, feitos por antigos alunos do agrupamento, teve lugar no átrio da Câmara Municipal.
No dia 12 de Janeiro, um sismo de magnitude sete, na escala de Richter, abalou o Haiti. Uma catástrofe natural como não há memória, resultou na destruição total de um dos países mais pobres do mundo.
Todo o globo teve conhecimento deste desastre pela internet e pelos media em geral. Imagens que caracterizam o sofrimento de um povo, marcado pela destruição e pobreza extrema, são bombardeadas pela comunicação social a qualquer hora do dia. A violência e o sensacionalismo são explorados ao limite e isso surte efeitos na audiência.
No dia a seguir à catástrofe no Haiti, o assunto predominante de todas as conversas era o sismo e a devastação por ele provada. Também no agrupamento de escolas de Montalegre o tema se fez notar. «Cheguei à sala de aula e, como é habitual, começámos a falar e as crianças disseram que tinham visto as imagens, que estavam um pouco chocadas e que era boa ideia fazermos alguma coisa para ajudar», conta Fernanda Barros, professora de educação visual e tecnológica (quinto ano) e educação tecnológica (sétimo ano).
A partir deste momento, teve inicio um processo de recolha de ideias para angariar capital e assim ser possível fazer um donativo para apoiar o povo haitiano.
Todo o globo teve conhecimento deste desastre pela internet e pelos media em geral. Imagens que caracterizam o sofrimento de um povo, marcado pela destruição e pobreza extrema, são bombardeadas pela comunicação social a qualquer hora do dia. A violência e o sensacionalismo são explorados ao limite e isso surte efeitos na audiência.
No dia a seguir à catástrofe no Haiti, o assunto predominante de todas as conversas era o sismo e a devastação por ele provada. Também no agrupamento de escolas de Montalegre o tema se fez notar. «Cheguei à sala de aula e, como é habitual, começámos a falar e as crianças disseram que tinham visto as imagens, que estavam um pouco chocadas e que era boa ideia fazermos alguma coisa para ajudar», conta Fernanda Barros, professora de educação visual e tecnológica (quinto ano) e educação tecnológica (sétimo ano).
A partir deste momento, teve inicio um processo de recolha de ideias para angariar capital e assim ser possível fazer um donativo para apoiar o povo haitiano.
GOMAS:
“AUTÊNTICA LOUCURA”
Na cabeça de cada aluno foram-se desenvolvendo planos a fim de encontrarem, juntos, formas de poder juntar dinheiro. «Todas as crianças mostraram-se com muita vontade de ajudar e aos poucos foram surgindo iniciativas capazes de gerar algum lucro», afirma Fernanda Barros. «Eles tinham feito umas caixas com papel higiénico, que depois pintaram e aquilo ficou muito engraçado. Pensámos logo em vende-las. Decidimos também fazer saquinhos com gomas, para vender na escola e isso foi uma autêntica loucura, teve uma adesão extraordinária, mais gomas houvesse, mais gomas se vendiam», continua a docente.
QUADROS
NO ÁTRIO DA CÂMARA
Em conversa com o conselho executivo da escola, nasceu a ideia de colocar à venda «os quadros de antigos alunos da escola, que estavam arrumados, sem qualquer uso. É uma pena, pois são trabalhos muito bonitos. Pensámos inicialmente em expor e fazer a venda na feira do fumeiro, mas tínhamos a condicionante espacial. Então, decidimos solicitar o apoio do município, que nos cedeu o átrio da Câmara», declara Fernanda Barros.
Durante todo o dia, alunas do sétimo ano permaneceram no átrio da Câmara Municipal de Montalegre com intuito de promover a venda dos quadros. Com cerca de 30 em exposição, a meio da tarde «já tinham vendido quase todos», atesta satisfeita a professora de educação visual e tecnológica.
Durante todo o dia, alunas do sétimo ano permaneceram no átrio da Câmara Municipal de Montalegre com intuito de promover a venda dos quadros. Com cerca de 30 em exposição, a meio da tarde «já tinham vendido quase todos», atesta satisfeita a professora de educação visual e tecnológica.
RIFAS E POSTAIS
As últimas actividades prendem-se com a venda de rifas onde será sorteado, no dia cinco de Fevereiro um «grande cabaz, que só foi possível existir graças ao contributo e empenho dos alunos e docentes deste agrupamento», explica Fernanda Barros. As actividades terão o seu término nas comemorações do dia e S. Valentim «com a venda de postais relativos à quadra», sustenta a docente.
AMI, CRUZ VERMELHA
UNICEF
Depois de apurados os fundos conseguidos com as actividades, o agrupamento de escolas de Montalegre «vai contactar a AMI, a Cruz Vermelha ou a UNICEF», esclarece Fernanda Barros. Ainda não está decidida qual a associação à qual será doado o montante angariado. Todavia, a docente faz já uma previsão: «Talvez seja a UNICEF, como eles são crianças, talvez queiram ajudar outros como eles».
O objectivo desta iniciativa era angariar, pelo menos, 1000 euros. Contudo, Fernanda Barros arrisca dizer que «talvez sejamos capazes de superar os nosso objectivos iniciais».
O objectivo desta iniciativa era angariar, pelo menos, 1000 euros. Contudo, Fernanda Barros arrisca dizer que «talvez sejamos capazes de superar os nosso objectivos iniciais».