Joaquim Santos triunfa em Montalegre

14 Julho 2008

Quarta jornada do nacional de Ralicross mostrou um fim de semana com boas corridas. Provas com adrenalina onde não faltaram os "capotanços", felizmente sem consequências de maior. Joaquim Santos (Divisão 1), Tiago Alexandre (Divisão 2) e Mário Barbosa (Divisão 3) foram os grandes vencedores. Nacional regressa dentro de duas semanas em Sever do Vouga.

Marcada pelo bom tempo que se fez sentir ao longo do fim de semana na Pista Automóvel de Montalegre, a quarta ronda do nacional de Ralicross teve como grandes vencedores Joaquim Santos no Opel Astra OPC (divisão 1), Tiago Alexandre (Divisão 2), em estreia absoluta, e Mário Barbosa, o mais forte na Divisão 3.

Uma jornada que teve alguns sustos, com dois aparatosos "capotanços", e onde não faltaram alguns problemas mecânicos. À margem, corridas em bom ritmo com resultados, alguns, inesperados.

DIVISÃO 1

Na prova "rainha", Pedro Matos, partindo da pole, foi o primeiro líder da corrida, posição que ocupou durante várias voltas até que um furo numa das rodas dianteiras fez o piloto do Mitsubishi Lancer abrandar o ritmo, o que permitiu a aproximação de Joaquim Santos, que consumou a ultrapassagem ao piloto de Aveiro. Já na liderança, Joaquim Santos começou a aumentar a diferença que o separava dos perseguidores, enquanto Matos perdia mais uma posição, desta vez para Jorge Sirgado que apesar de apenas dispor de tracção dianteira no Peugeot 306, fez uma boa prova.

No final da corrida, o piloto do Astra OPC falou nestes termos sobre a vitória alcançada: «foi importante ter ganho. Já sofria da ansiedade de fazer muitas tentativas e não ganhar uma corrida. Já fazia falta uma vitória para me animar a mim e à minha equipa». No quarto lugar terminou Paulo Caçoilo, que rodou durante muitas voltas na traseira de Ruben Tabaio, que apenas dispunha de tracção traseira e que terminou no quinto posto. Carlos Silva foi o sexto.

DIVISÃO 2

Os poucos concorrentes da Divisão 2 correram integrados no pelotão da Divisão "raínha". Com a ausência de Luis Monteiro, a vitória na Final voltou a sorrir a Tiago Alexandre e ao Peugeot 306 Maxi. O favorito Marco António nem sequer alinhou na Final, o que deixou José Polónio (Peugeot 206 S16000) como único opositor de Tiago Alexandre.

Apesar da primeira vitória, Tiago Alexandre mostrava-se algo desagradado com a junção de Divisões diferentes em pista: «a final correu bem. Para o primeiro ano de Ralicross e tendo de aprender todas as pistas, estou a gostar e esta prova de Montalegre correu-me bem» disse o piloto, que comentou também o facto das Divisões 1 e 2 correrem juntas: «é um perfeito desastre. Estou completamente desagradado com essa situação porque é muito complicado correr juntamente com a Divisão 1, não só pela visibilidade, mas também pelo facto de andarmos a lutar com os carros mais lentos da Divisão1, que acabam por estragar a corrida da Divisão 2», concluiu o piloto de Abrantes.

DIVISÃO 3

A sempre animada Divisão 3 foi desta vez protagonista dos acidentes mais aparatosos do fim-de-semana. Joaquim Pacheco e João Ribeiro sofreram espectaculares capotanços durante as corridas de qualificação, limitando assim o número de candidos à vitória na Final.

Nas contas finais, seria o campeão Mário Barbosa (Citroën Saxo) a vencer com alguma facilidade, principalmente depois do jovem Rui Sirgado ter dado um toque no muro que danificou o seu Saxo.

De regresso ao comando da classificação do campeonato, Mário Barbosa era um piloto satisfeito no final da corrida: «acho que a prova correu-me muito bem, estou novamente na frente do campeonato e é isso mesmo, não há nada a acrescentar, correu bem». De regresso aos lugares do pódio, José Dias foi o terceiro classificado, seguido do Citroën AX de Hélder Rui Ribeiro. Nuno Cardoso, que terminou a prova com o motor do Saxo em más condições foi o quinto classificado.

TAÇA

Na Taça Nacional de Ralicross os problemas mecânicos também afectaram um dos favoritos à vitória, o espanhol Jose Blanco, que partiu o motor do seu BMW 325ix. Isto deixou os BMW de João Sousa e Elisabete Azevedo na discussão da Final, com Sousa desta vez a impor-se.

Na Divisão 2, Valter Martinho (Renault Clio 16V) pode finalmente saborear o champanhe da vitória, numa final em que deixou Reinaldo Silva na segunda posição a 2,9 segundos, ao qual foi seguido por Hugo Santos em Renault Clio e Edgar Silva, que não foi além do quarto posto, mas que apesar disso deve manter a liderança na Taça.

Nota final para Bruno Lima, que apesar de ser o único concorrente da Divisão 3 e desta nem sequer pontuar, se ter mantido em prova e intrometido em algumas lutas até com os carros da Divisão 1 da Taça.

A próxima prova dos nacionais de Rallycross é já dentro de duas semanas, com a visita ao traçado de Sever do Vouga.

CLASSIFICAÇÕES

Divisões 1 e 2 - Final: 1º Joaquim Santos (Opel Astra OPC), 7 voltas em 5m37,306s (1º Div. 1); 2º Jorge Sirgado (Peugeot 306), a 2,552s; 3º Pedro Matos (Mitsubishi Lancer), a 11,507s; 4º Paulo Caçoilo (Mitsubishi Lancer), a 15,093s; 5º Rúben Tabaio (Ford Escort Cosworeth), a 18,430s; 6º Tiago Alexandre (Peugeot 306), a 19,653s (1º Div. 2); 7º José Polónio (Peugeot 206), a 20,857s; 8º Carlos Silva (Mitsubishi Lancer), a 23,319s.

Divisão 3 - Final: 1º Mário Barbosa (Citroen Saxo), 7 voltas em 5m30,156s; 2º Hélder Ribeiro (Citroen Saxo), a 4,967s; 3º José Dias (Peugeot 106 GTI), a 9,680s; 4º Hélder Rui Ribeiro (Citroen AX), a 15,025s; 5º Nuno Cardoso (Citroen Saxo), a 39,262s; 6º Rui Sirgado (Citroen Saxo), a 4 voltas; 7º Hélder Pontes (Citroen Saxo), a 6 v.

Taça Nacional Ralicross - Final: 1º João Sousa (BMW E30), 7 voltas em 5m58,123s (1º Div. 1); 2º Elisabete Azevedo (BMW 325), a 1,931s; 3º Rudolfo Ribeiro (Lancia Delta Integrale), a 12,774s; 4º Valter Martinho (Renault Clio), a 17,664s (1º Div. 2); 5º Bruno Lima (Peugeot 205), a 18,094s (1º Div. 3); 6º Reinaldo Silva (Opel Kadett), a 20,578s; 7º Hugo Santos (Renault Clio), a 21,409s; 8º Joel Silva (Toyota Celica), a 21,817s.

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