Corrida de Cavalos 2010

A tradicional corrida de cavalos de Montalegre, evento inserido no programa das "Festas Concelhias" deste ano, foi manchada por uma série de episódios que nada dignifica o desporto muito menos o nome de Montalegre. Tudo aconteceu quando um cavaleiro, ao discordar da decisão de um dos elementos do júri, partiu para a agressão, facto que motivou um grande reboliço nas bancadas do Estádio Dr. Diogo Vaz Pereira, vulgo Campo do Rolo.

Orlando Alves, vice-presidente da Câmara Municipal de Montalegre, decidiu terminar a prova, dado não estarem reunidas as condições para prosseguir o espectáculo, decisão que teve recuo minutos depois. O evento prosseguiu até ao final não sem antes, na entrega dos prémios, voltar a confusão com um dos cavaleiros, tendo por base, novamente, o não concordar com a atribuição do prémio, partiu para a agressão verbal a todos os elementos do júri, com um conjunto de impropérios que incendiaram a bancada.

 

 

Quem não escondeu o desgaste com o que viveu foi Orlando Alves. Para o vice-presidente do município de Montalegre o que se assistiu na corrida de cavalos deste ano é de todo reprovável: «quase todos os anos é assim. Certos exageros e certos comportamentos que se lamentam. Houve aqui atitudes impróprias para uma prova desportiva. Há uma certa dificuldade dos cavaleiros em aceitar os resultados que são feitos no cumprimento das regras e na maior seriedade. Quem está por fora tende sempre a ver as coisas de outra maneira e muitas vezes excedem-se como foi o caso. Contudo, o mundo da tauromaquia e o mundo cavalar é mais ou menos fértil em situações como esta que vivemos».

 

 

Para o autarca o que observou no Campo do Rolo não é situação inédita: «isto não acontece só nos cavalos. Nas Feiras do Prémio também acontecem, de vez em quando, cenas destas. É a festa dos cavalos e dos bois no seu melhor».

Porém, apesar do sucedido, Orlando Alves confirma que esta tradição vai continuar em Montalegre: «isto está para continuar. E esta prova chegou ao fim porque tínhamos que limpar o nome de Montalegre. Montalegre não é isto que se assistiu. Em segundo lugar, continuamos porque houve muitas pessoas que vieram de longe com os seus cavalos: Moimenta da Beira, Monção, Ponte de Lima e por aí fora...estas pessoas merecem um bocadinho mais de respeito e consideração não só da parte de quem organiza mas também por parte de quem assiste e que tem obrigação de saber aceitar os resultados. Porque ver cavaleiros a sair do cavalo para ir agredir um dos elementos do júri isto é objectivamente muito lamentável».