XXI Feira do Fumeiro apresentada em Braga

 

A raínha das feiras do fumeiro, onde cinco milhões de euros gravitam à sua volta, voltou a ser falada na comunicação social. A organização investiu, de novo, nas cidades do Porto e Braga para dar a conhecer as novidades de um certame que vive, de 26 a 29 deste mês, o vigésimo primeiro ano de vida. Uma aposta que já é uma imagem de marca com o lançamento feito nas casas de Trás-os-Montes destas cidades de onde provém uma enorme franja do público alvo da Feira do Fumeiro.

Com efeito, depois do Porto, o certame esteve em Braga onde mostrou, perante uma casa repleta de jornalistas, os trunfos de um cartaz que movimenta, em quatros dias, mais de 50 mil pessoas.

 

200 INDUSTRIAS

FAMILIARES

 

Orlando Alves, vice-presidente da Câmara Municipal de Montalegre, voltou a representar o organização da Feira do Fumeiro. Começou por declarar o seguinte: «estou aqui. Estou bem. Sinto-me em casa. É aqui que nós vamos continuar. Não vamos alugar hotéis nem restaurantes caros para fazer a promoção dos nossos eventos. Está aqui o povo que eu represento. Um povo que teima em viver num paraíso. No entanto, começamos a ser muito poucos. Quase que só lá estão os resistentes. Se não houver emprego não fica lá ninguém e a Feira do Fumeiro é um ativo importante na medida em que as 200 pequenas indústrias familiares caseiras representam 200 famílias que ali vivem».

Com esta contextualização, Orlando Alves partiu para exemplos onde o concelho investe no combate ao desemprego e desertificação: «tentamos alavancar as nossas atividades numa estratégia de requalificação do território e das pessoas. O Ecomuseu é uma vertente fundamental através do espaço privilegiado que tem na sede e também com os pólos que possui».

 

PORCO DA SAUDADE

 

O autarca de Montalegre lançou um apelo à mobilização: «estou aqui para dizer a este público do Minho, claramente, que fazemos as coisas com seriedade e profissionalismo e a prova é que durante estes últimos 20 anos as coisas têm vindo sempre a crescer e há uma satisfação instalada nos que produzem, em quem comercializa e também em quem nos visita». Os produtos, garante Orlando Alves, «são de primeira qualidade» para tal, reforçou, «temos fiscalização apertada para que o "porco da saudade" exista...muita gente ainda sabe o sabor das coisas, o sabor que sentia na sua infância...é isto que nós propiciamos com a Feira do Fumeiro».