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Presidente da Câmara em Timor

18 Novembro 2008
Fernando Rodrigues visitou antiga colónia portuguesa juntamente com os autarcas do Alto Tâmega em resposta ao convite dado, o ano passado, pelo Bispo Emérito de Díli, D. Ximenes Belo, aquando da sua presença na região. Entre outras individualidades, o edil de Montalegre foi recebido por Ramos Horta, Presidente da República de Timor.
Aquando da visita efectuada, no ano passado, pelo Prémio Nobel da Paz e Bispo Emérito de Díli, D. Ximenes Belo, ao Alto Tâmega, e na sequência do donativo atribuído, na altura, pelos municípios do Alto Tâmega para a construção de uma escola na paróquia de Suai, a comitiva timorense, como forma de retribuir o gesto, deixou o convite aos autarcas do Alto Tâmega para visitarem Timor Leste, uma visita que só agora foi possível realizar, tendo-se deslocado, àquele país asiático, uma comitiva composta por Presidentes de Câmaras dos municípios do Alto Tâmega.
Em Timor, os autarcas dos municípios do Alto Tâmega puderam ver de perto o trabalho que tem vindo a ser feito em prol do desenvolvimento daquela jovem democracia, bem como constatar as afinidades que o povo timorense ainda mantém com Portugal e o grande carinho que manifestam relativamente aos portugueses.
Em Timor, os autarcas transmontanos foram recebidos pelo Presidente da República, Ramos Horta, que, entre outros assuntos discutidos, se mostrou interessado em conhecer a experiência da EHATB (Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso) no campo das energias renováveis, procurando conseguir o apoio desta para o processo de introdução da exploração das energias renováveis no seus país. Na sequência deste contacto, Ramos Horta aceitou ainda o convite para visitar a região do Alto Tâmega numa das primeiras oportunidades, aproveitando uma das suas próximas visitas a Portugal.
Para além do Presidente da República, os autarcas foram ainda recebidos pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor Leste, Zacarias da Costa, e pelo embaixador de Portugal em Timor, João Ramos Pinto.
 
PRESIDENTE
SENSIBILIZADO
 
Fernando Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal de Montalegre, mostrou-se «sensibilizado» com a forma como a comitiva foi recebida em Timor, sublinhado o esforço que está a ser feito para o seu desenvolvimento: «Em Díli ainda se vêem os edifícios queimados e destruídos pela invasão indonésia. As sequelas de 200 mil mortos, precisamente as pessoas mais habilitadas, deixou Timor num estado primitivo, sem líderes locais, sem técnicos, sem quadros e até sem pessoas “escolarizadas”». Sem se deter, o autarca reforçou: «daí que o problema de toda a devastação que a Indonésia provocou em Timor, seja muito difícil de ultrapassar».
Do choque com uma realidade social mais grave que imaginava, diz Fernando Rodrigues, «fiquei com a satisfação de ver centenas de crianças, lavadas e vestidas, a frequentarem as escolas em português». Tudo somado, acrescenta o edil, «é uma satisfação e é um sinal de que os timorenses sabem que o futuro e o desenvolvimento só se faz com educação» para concluir: «notei também que há um grande empenho de Portugal e dos professores portugueses ali sedeados».
 
CONHECEDOR
DE MONTALEGRE
 
Do encontro que ocorreu entre os autarcas transmontanos e Zacarias da Costa, deu para perceber que o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor conhece Montalegre.
Na conversa que travou com Fernando Rodrigues, entre outras afinidades, o Ministro falou elogiosamente de um alto quadro (de Montalegre) do Banco Mundial que trabalhou em Timor: Artur de Cima (filho do empresário Clemente de Cima). Outra memória viva do governante advém do facto de ter trabalhado no colégio D. Diogo de Sousa (Braga) e ter dado aulas em Boticas, pelo que a troca de recordações serviu, também, para matar saudades e mostrar o seu afecto pela nossa terra e pelas nossas gentes.
 
ANTIGA COLÓNIA
PORTUGUESA
 
Timor-Leste (República Democrática de Timor-Leste) é um dos países mais jovens do mundo. Ocupa a parte oriental da ilha de Timor na Ásia, além do enclave de Oecussi, na costa norte da banda ocidental de Timor, da ilha de Ataúro, a norte, e do ilhéu de Jaco ao largo da ponta leste da ilha. As únicas fronteiras terrestres que o país possui ligam-no à Indonésia, a oeste da porção principal do território, e a leste, sul e oeste de Oecussi-Ambeno, mas tem também fronteira marítima com a Austrália, no Mar de Timor, a sul. A capital é Díli, situada na costa norte. Conhecido no passado como Timor Português, foi uma colónia portuguesa até 1975, altura em que se tornou independente, tendo sido invadido pela Indonésia três dias depois. Permaneceu considerado oficialmente pelas Nações Unidas como território português por descolonizar até 1999. Foi, porém, considerado pela Indonésia como a sua 27.ª província com o nome de "Timor Timur". Em 30 de Agosto de 1999, cerca de 80% do povo timorense optou pela independência em referendo organizado pela Organização das Nações Unidas. A língua mais falada em Timor-Leste é o bahasa indonésio, seguido do tétum (mais falado na capital) que com o português formam as duas línguas oficias do país, o bahasa indonésio e a língua inglesa são consideradas línguas de trabalho pela atual constituição de Timor-Leste. Devido à recente ocupação indonésia, grande parte da população compreende a língua indonésia mas só uma minoria o português. Geograficamente, o país enquadra-se no chamado sudeste asiático, enquanto do ponto de vista biológico aproxima-se mais das ilhas vizinhas da Melanésia, o que o colocaria na Oceania e, por conseguinte, faria dele uma nação transcontinental.
Presidente da Câmara em Timor
Presidente da Câmara em Timor