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Presidente na Assembleia da República
25 Fevereiro 2011
Fernando Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Montalegre, integrou a comitiva de autarcas da Associação de Municípios do Alto Tâmega, que visitou a Assembleia da República para falar da petição pública que reuniu mais de seis mil assinaturas em defesa da criação de uma Unidade Local de Saúde no Alto Tâmega (ULS). No final o autarca adiantou que está esperançado que o Governo «vai acabar por ir ao encontro das aspirações do Alto Tâmega».
Os autarcas que integram a Associação de Municípios do Alto Tâmega deslocaram-se à Assembleia da República, onde foi discutida a petição pública que reuniu mais de 6.300 assinaturas em defesa da criação de uma Unidade Local de Saúde no Alto Tâmega (ULS), sediada em Chaves.
A acompanhá-los nesta luta, que pretende melhorar os níveis de atendimento e de assistência hospitalar dos utentes, estiveram vereadores, presidentes de juntas e deputados municipais do Alto Tâmega.
A acompanhá-los nesta luta, que pretende melhorar os níveis de atendimento e de assistência hospitalar dos utentes, estiveram vereadores, presidentes de juntas e deputados municipais do Alto Tâmega.
Após a petição, alguns grupos parlamentares apresentaram projectos de resolução para a situação que o Hospital de Chaves vive, depois de ter sido integrado no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro. Projectos de resolução que foram apresentados pelos respectivos partidos.
Sobre esta matéria, Fernando Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Montalegre, lembra que na última reunião, a Ministra da Saúde, Ana Jorge, «não rejeitou por completo» a proposta. O autarca acrescenta que «simplesmente, na altura, achou que havia uma avaliação do Ministério da Saúde a fazer sobre o funcionamento de outras ULS que entretanto tinham sido criadas».
CONCELHO BENEFICIADO
Fernando Rodrigues defende que apesar do concelho possuir urgência permanente e médicos em número suficiente, esta proposta também faz beneficiar o concelho: «não se trata de uma guerrilha, nem de um combate partidário, mas de defender o que nos parece ser o melhor para a região e para o Governo cumprir melhor a sua obrigação no Serviço Nacional de Saúde...não vejo razões para que não dê seguimento à nossa proposta».
A verdade é que no final da reunião de trabalho, Fernando Rodrigues saiu convencido que valeu a pena a viagem a Lisboa. Vários contactos com todos os grupos parlamentares, permitiu tecer o seguinte comentário: «houve uma coisa comum: todos os partidos políticos estão interessados em melhorar a qualidade dos serviços de saúde no Alto Tâmega. Tivemos oportunidade, da parte da manha, de sermos recebidos por todos os grupos parlamentares. Todos eles mostraram a disponibilidade em colaborar com o Governo para se encontrar a melhor solução para se criar a Unidade Local de Saúde no Alto Tâmega».
DIVERGÊNCIAS FORMAIS
O contacto estabelecidos com as diferenças forças partidárias deu para concluir que «as divergências são mais formais do que profundas. Acho que mesmo o partido do Governo aceita a nossa sugestão até porque há outras no país. Isto não vai representar mais despesas ao erário público, vai é permitir um melhor aproveitamento dos recursos existentes».
PRIORIDADE DA REGIÃO
Paula Barros, deputada na Assembleia da República, eleita pelo círculo socialista do distrito de Vila Real, considera que as questões de saúde são fundamentais para a qualidade de vida dos cidadãos, e o facto de haver diferentes projectos de resolução abre uma boa perspectiva de que a situação se resolverá da melhor forma. Em nome do PS, Paula Barros sublinhou que o objectivo é melhorar os serviços prestados aos cidadãos e que o partido que representa estará sempre disponível para discutir o melhor modelo a aplicar no Alto Tâmega.
Do lado oposto, António Cabeleira, também deputado, pelos sociais democratas, considera que o projecto de resolução apresentado pelo PSD é o único que satisfaz as reivindicações da população do Alto Tâmega, na petição lançada.
PRESIDENTES DE JUNTA
REFORÇAM POSIÇÃO
Os presidentes de junta que também integraram esta comitiva, são unânimes em dizer que apenas querem que o Alto Tâmega volte a ter condições a nível de saúde e farão de tudo para se fazerem ouvir.
Recorde-se que esta petição foi lançada pela Câmara Municipal de Chaves em Setembro passado, com o objectivo de criar uma Unidade Local de Saúde abrangendo as regiões do Alto Tâmega e Barroso.
Desde a integração do hospital de Chaves no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes que essa unidade de saúde tem vindo a perder valências e recursos humanos, prejudicando toda a população que abrangia.
Desde a integração do hospital de Chaves no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes que essa unidade de saúde tem vindo a perder valências e recursos humanos, prejudicando toda a população que abrangia.
Em rodapé, frisar que o actual hospital de Chaves, a juntar aos flavienses, serve as populações dos concelhos vizinhos de Boticas, Montalegre e Valpaços, um total de 80 mil pessoas.
Reportagem TV BARROSO