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Presidente no 'VI Fórum Mundial da Água' (Marselha)

21 Março 2012
Fernando Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Montalegre, esteve presente em Marselha, sul de França, na sexta edição do "Fórum Mundial da Água". O autarca integrou o Conselho Nacional da Água em representação da ANMP. Ao todo foram mais de 20 mil pessoas, entre políticos, representantes do governo, cientistas, entre outros, provenientes de 140 países, debateram o tema "É hora de soluções". Uma iniciativa organizada pelo Conselho Mundial da Água, que teve lugar entre 12 e 17 deste mês.
O presidente da Câmara Municipal de Montalegre viajou a Marselha, França, para participar no VI Fórum Mundial da Água, evento inscrito na procura da cidadania e da eco-responsabilidade. Fernando Rodrigues esteve integrado na comitiva do Conselho Nacional da Água, em representação da ANMP (Associação Nacional Municípios Portugueses), da qual também fez parte o presidente da Câmara Municipal de Boticas, Fernando Campos. Tratou-se de um evento onde Portugal esteve representado através de uma participação dinamizada pelo Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território de Portugal. Portugal participou nas diversas iniciativas do processo político deste fórum e outros representantes nacionais fizeram comunicações em diferentes mesas-redondas. O foco das discussões centrou-se em torno das soluções necessárias para possibilitar o acesso à água potável para a população mundial, dado que se estima que cerca de 800 milhões de pessoas não têm acesso à água potável, o que é um número alarmante e que não pode ser negligenciado, sendo as ações para a diminuição da escassez de água urgentes. Neste sentido, o VI Fórum Mundial da Água teve o objetivo de chamar a atenção internacional sobre a urgência de gerir melhor os recursos hídricos e a criação de soluções concretas para uma distribuição equitativa da água como direito de cada indivíduo. Tendo em conta que o problema progride a passos largos incentivado pelo acelerado crescimento demográfico e pelas alterações climáticas, concluiu-se que é indispensável a atuação rápida de todos os representantes mundiais.
 
DESAFIOS DA ÁGUA
 
Por outras palavras, discutir os grandes desafios da água no Mundo, desde o acesso à água para todos, às alterações climáticas, passando pela segurança alimentar, energia, saúde, desenvolvimento económico e demográfico, foram os desafios e o sucesso deste fórum que pugnou por soluções concretas para casos tão escandalosos e injustamente diferentes, desde a falta de água, má gestão e especulação de preços. Esta sexta edição teve a participação e o envolvimento de políticos, setor público e privado, universidades e associações. O fórum contou com a participação de 12.000 inscritos e com 400 sessões, científicas e de cariz mais prático, entre técnicos e políticos.
 
«COMPREENDO MELHOR
A "GUERRA DA ÁGUA"»
 
Esta viagem a Marselha deu para Fernando Rodrigues compreender melhor os dramas que gravitam em volta do negócio da água. O autarca confessa que ficou «mais preocupado com o problema da água no Mundo e na vida» ao mesmo tempo que assegura que compreendeu melhor o negócio ou a "guerra da água". Com efeito, Fernando Rodrigues garantiu que neste fórum observou expositores de todo o Mundo desde a solução da bomba solar para fornecer 20 litros de água por dia para uma família em África, às grandes centrais de dessalinização, de tratamento às barragens, às energias alternativas.
 
NÚMEROS ALARMANTES
 
Mais de dois mil milhões de pessoas deverão passar a ter acesso a água potável ou a saneamento básico até 2030. «Os desafios são imensos», reconheceu o primeiro-ministro francês François Fillon, no seu discurso de abertura perante chefes de Estado e de Governo, ministros e representantes da indústria e da sociedade civil de 140 países. Fillon convidou os presentes a «refletir sobre os meios para tornar universal o acesso a água potável até 2030». Mais de dois mil milhões de pessoas vivem sem água potável e «contam-se aos milhões os mortos, todos os anos, por causa de riscos sanitários», acrescentou. «Esta é uma situação que não é aceitável», disse, apelando «à comunidade internacional para se mobilizar e resolver o problema».
De acordo com um dos últimos relatórios da ONU sobre a água no Mundo, o aumento da população – que passará a nove mil milhões em 2050 – inundações e secas, trazidas pelas alterações climáticas, ameaçam os recursos hídricos se nada for feito. Um outro relatório, da Organização para a Cooperação Económica e Desenvolvimento (OCDE), divulgado por estes dias, estima que a procura mundial de água vai aumentar 55% em 2050, com mais de 40% da população mundial a viver em bacias hidrográficas ameaçadas pelo stress hídrico. Este documento alerta que, com uma reserva de água limitada, os gestores políticos serão obrigados a fazer uma melhor gestão entre a procura para a agricultura, energia, consumo humano e saneamento básico.
A Organização Mundial de Saúde disse recentemente que 89% da população mundial já tem acesso a água potável, cumprindo em 2010 uma das metas dos objetivos do milénio, para 2015.
 
HISTÓRIA
 
Organizado pelo Conselho Mundial da Água, o Fórum Mundial da Água é o maior evento internacional sobre gestão da água. Realiza-se de três em três anos, assumindo-se como um fórum de participação e diálogo entre os múltiplos intervenientes no setor da água no Mundo, que procura influenciar o processo de tomada de decisão ao nível das políticas globais para o setor, no sentido de um desenvolvimento sustentável do planeta. O primeiro Fórum Mundial da Água realizou-se em Marrocos (Marraquexe) em 1997, ao qual se seguiram as edições da Holanda (Haia, 2000), Japão (Quioto, 2003), México (Cidade do México, 2006) e Turquia (Istambul, 2009).
Presidente no "VI Fórum Mundial da Água" (Marselha)